Marcos Pontes é contra junção de CNPq e Capes

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse ser contra a fusão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgãos de desenvolvimento da ciência do País. Segundo o ministro, a proposição foi feita pelo Ministério da Educação e está em discussão […]

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Foto: Valter Campanato/Arquivo Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Arquivo Agência Brasil

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse ser contra a fusão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgãos de desenvolvimento da ciência do País.

Segundo o ministro, a proposição foi feita pelo Ministério da Educação e está em discussão entre os ministérios. Ele disse que o presidente Jair Bolsonaro não se posicionou sobre o assunto. “Nossa posição é que o CNPQ e a Capes se mantenham separados. Se houvesse fusão dos dois, o endereço correto para a nova entidade seria aqui, para se manter as políticas de ciência e tecnologia. Este é o ministério com essa função”, afirmou.

O ministro disse que serão propostas mudanças de gestão e redefinição de funções entre as duas entidades para economizar recursos e garantir a separação. “A junção das duas é extremamente improvável. Não faz muito sentido”, completou.

Pontes também confirmou que houve proposta de a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) ir para o guarda-chuva do BNDES, mas disse que isso seria “improdutivo”. “A Finep tem competências específicas e diferentes do BNDES. Por enquanto não existe possibilidade de junção e a tendência é que permaneça como está”, disse.

Bolsas

Depois de dizer que só teria dinheiro até agosto, Marcos Pontes afirmou que o pagamento das bolsas do CNPq está garantido até o fim do ano. Ele disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá assinar nos próximos dias uma portaria liberando R$ 157 milhões, valor que cobrirá as bolsas nos próximos dois meses e que um projeto de lei enviado ao Congresso Nacional prevê mais R$ 93 milhões para o mês de dezembro

“Fiquei muitas noites sem dormir, assim como muitos bolsistas que dependem dos recursos para continuar pesquisas e sobreviver”, afirmou.

O ministro também disse que serão descontingenciados R$ 180 milhões para o projeto do acelerador de partículas Sirius, localizado em Campinas (SP). Com isso, os primeiros projetos deverão começar no ano que vem, com foco no pré-sal.

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