Começam nesta segunda-feira, 6, as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. Os candidatos poderão se inscrever até o dia 17 de maio no site oficial da prova. A taxa este ano é R$ 85. Os testes serão aplicados nos dias 3 e 10 de novembro.

As instituições públicas de ensino superior utilizam a nota do Enem para selecionar candidatos por meio do . Entenda abaixo cada um desses recursos.

Sisu (Sistema de Seleção Unificada)

O Sisu é o sistema pelo qual as instituições públicas de ensino superior oferecem vagas aos candidatos participantes do Enem. Os alunos podem escolher até duas opções de curso, sendo possível alterá-las durante o processo de inscrição. Ela é feita no site do programa com o número de inscrição e senha cadastrados no Enem e sem o pagamento de taxas.

O processo seletivo conta com apenas uma etapa, na qual o candidato precisa escolher por ordem de preferência até duas opções de cursos oferecidos pelas instituições que participam do programa, e se disputará vagas de ampla concorrência, reservadas à Lei de Cotas ou reservadas a estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas.

Ao fim do processo de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos que tiveram melhor classificação em cada curso, de acordo com as notas no Enem, do número de vagas em cada curso, por modalidade e concorrência. Caso ela permita sua classificação nas duas opções de vaga escolhidas, ele será selecionado exclusivamente para a sua primeira opção. Vale lembrar que alguns cursos contam com pesos diferentes. Por exemplo, um curso de física pode dar mais peso à nota de Ciências da Natureza.

Podem participar do Sisu os estudantes que fizeram o Enem do ano anterior e não obtiveram nota zero na redação. Tanto candidatos que participaram do Sisu em outras ocasiões e foram selecionados como os que já estão matriculados em instituições de ensino superior podem participar do Sisu deste ano, desde que tenham feito o Enem. Contudo, os estudantes não podem ocupar duas vagas em instituições públicas de ensino superior ao mesmo tempo.

(Programa Universidade para Todos)

O ProUni é um programa do Ministério da Educação que concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. As inscrições são feitas no site do programa.

Podem se inscrever professores da rede pública de ensino que estejam em exercício e concorram na modalidade de bolsas em cursos destinados à formação do magistério da educação básica, e quem participou de qualquer uma das edições do Enem a partir de 2010 e obteve nota igual ou superior a 450 pontos, sem zerar na redação.

Para concorrer a bolsas integrais, o candidato deve ter renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as bolsas de 50%, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Além disso, o candidato precisa ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou como bolsista integral em escola da rede particular, ser portador de deficiência ou professor da rede pública de ensino no efetivo exercício do magistério da educação básica e concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura. Neste caso, não é necessário comprovar renda.

O processo seletivo é composto por duas fases: o regular e a ocupação das bolsas remanescentes, aquelas que não forem ocupadas no decorrer do processo regular.

(Fundo de Financiamento Estudantil)

O Fies é um programa do Ministério da Educação que visa conceder financiamento a estudantes em cursos superiores em instituições particulares e participantes. Atualmente, ele oferece duas modalidades: juros zero ou financiamentos que variam conforme a renda familiar do candidato.

Podem participar da primeira modalidade os estudantes que tiverem renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos. Eles começarão a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda, com redução dos encargos a serem pagos.

A segunda modalidade é destinada aos alunos com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos, e conta com recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento, além de bancos privados.

Em ambas as categorias, podem participar aqueles que fizeram qualquer edição do Enem desde 2010 e obtiveram médias das notas das provas igual ou superior a 450 pontos, sem zerar na redação. As inscrições são feitas de forma gratuita no site do programa.

Candidato do Sisu pode se inscrever no Prouni?

Sim, desde que atenda aos critérios do programa. Caso o candidato seja selecionado nos dois programas deverá optar pela bolsa do ProUni ou pela vaga do Sisu. Vale lembrar que a pré-seleção em qualquer das chamadas do ProUni garante ao candidato apenas a expectativa de direito à bolsa, reservando o benefício à participação e aprovação nas fases posteriores do processo seletivo e à formação de turma no período letivo inicial do curso.

Bolsista do ProUni pode se inscrever no Sisu?

Sim, se tiver feito o último Enem. Porém, se for selecionado pelo Sisu, deverá optar pela bolsa do ProUni ou pela vaga na instituição pública para a qual foi selecionado.

Caso o candidato consiga bolsa de 50% pelo ProUni, mas não possa pagar a outra metade, o que deve fazer?

O bolsista parcial de 50% pode usar o Fies para custear o restante da mensalidade, sem a necessidade de apresentação de fiador na contratação do financiamento. Para isso, é necessário que a instituição e o curso para o qual o candidato foi contemplado com bolsa parcial do ProUni tenham oferta de vagas para financiamento e que o estudante seja aprovado no processo seletivo do Fies.