O ex-candidato à Presidência da República Fernando Haddad trocou farpas pelas redes sociais com o atual presidente eleito, Jair Bolsonaro. O petista usou seu perfil no Twitter para comentar uma notícia de um site alemão, sobre anti-intelectualismo, chamada “Brasil, um país do passado” e acabou sendo chamado por Bolsonaro de “fantoche de presidiário corrupto” e “marmita”.

Na noite desta sexta-feira (4), o ex-prefeito de São Paulo comentou sobre a moda do anti-intelectualsimo no país, publicado em coluna no jornal alemão Deutsche Welleem 28 de novembro de 2018, com o título “Brasil, um país do passado”. O texto, assinado pelo colunista Philipp Lichterbeck, afirma que, no Brasil, “está na moda um anti-intelectualismo que lembra a Inquisição” e garante que “novo brasileiro não deve mais questionar, ele precisa obedecer: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.”

A publicação parece não ter agradada Jair Bolsonaro, que retrucou neste sábado, também pela rede social. No perfil pessoal, o atual presidente alfineta “Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara.”

Além disso, Bolsonaro emendou que “eles procuram e criam todos os motivos possíveis para estarem sendo rejeitados pela maioria da população, só não citam o verdadeiro: o PT quebrou o Brasil de tanto roubar, deixou a violência tomar proporções de guerra, é uma verdadeira quadrilha e ninguém aguenta mais isso!”

As farpas não pararam por aí. Em tom ameno, Haddad questionou se o atual presidente já estaria pronto para um debate frente a frente.

“Na verdade, quem disse isso foi um jornalista da Deutsche Welle, mas se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!”

As publicações provocativas continuaram no perfil do petista. No final da noite, Haddad escreveu que “quem assistiu o noticiário de hoje entendeu por que há quem simplesmente não possa participar de debates”.

A afirmação foi referência ao pronunciamento de Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), desmentida logo depois pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

De acordo com o site Metrópoles, responder as provocações, o petista foi bloqueado pelo chefe do Executivo federal no Twitter.