Esse contingente de pessoas subutilizadas é recorde na série da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Para Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o fato de o mercado de trabalho ter “quase 30 milhões” de pessoas subutilizadas é pior do que haver 13 milhões de desempregados.
“Estamos nos aproximando de ter 30 milhões de pessoas subutilizadas, com quase 5 milhões de desalentados. Estamos perdendo o bônus demográfico”, afirmou Azeredo.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até fevereiro de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 24,2%.
Desalento
O Brasil tinha 4,855 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em fevereiro, segundo os dados do IBGE.
O contingente manteve o nível recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
Em um ano, 275 mil pessoas a mais caíram no desalento. Em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2018, o resultado significa 150 mil desalentados a mais.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.