Em audiência, deputado do PT sugere que Moro entregue celular

O deputado José Guimarães (PT-CE) propôs, durante audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, assine um termo de compromisso para que entregue seu celular aos parlamentares. Ele desafiou o ex-juiz da Lava Jato, que condenou e prendeu o ex-presidente Luiz […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Foto: reprodução
Foto: reprodução
O deputado José Guimarães (PT-CE) propôs, durante audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, assine um termo de compromisso para que entregue seu celular aos parlamentares. Ele desafiou o ex-juiz da Lava Jato, que condenou e prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

“Eu queria iniciar. Vossa Excelência assinaria essa declaração para a imprensa, nos termos que o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) propôs entregando o seu celular para esta Comissão de Constituição e Justiça ou para algum órgão de investigação? Por que eu coloco isso? Para a verdade ser restabelecida. Vossa Excelência fala: eu não lembro, eu não sei”, afirmou, referindo-se a palavras do próprio Moro.

José Guimarães prosseguiu. “‘Eu não tenho mais as mensagens’. É fácil, assine. Ao assinar, Vossa Excelência está firmando um compromisso com a ética e com a verdade”, concluiu o petista.

Moro respondeu. “Sobre declaração, desculpe, deputado, mas aí é um puro teatro. Eu já respondi aqui no início dizendo que em 4 de junho meu aparelho celular sofreu uma tentativa de ataque. O aparelho foi entregue à Polícia Federal para perícia. Quer que eu entregue de novo? Está na PF, realizando exame. Em algum momento vai chegar laudo pericial sobre o aparelho. Não tenho nada a esconder.”

As declarações do deputado federal se deram em meio à sessão da CCJ da Câmara em que Moro foi convidado a esclarecer supostas conversas atribuídas a ele e a procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.