Com cães farejadores de MS, bombeiros resgatam mais um corpo em Brumadinho
O corpo de mais uma vítima da tragédia em Brumadinho, ocorrida há oito meses em Minas Gerais, foi encontrado na manhã deste domingo (29), durante força-tarefa de 138 bombeiros militares, que seguem escavando a extensa área atingida pela lama de rejeitos tóxicos que vazaram da barragem. Segundo o capitão Paulo Enocke Marques da Silva, ainda […]
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O corpo de mais uma vítima da tragédia em Brumadinho, ocorrida há oito meses em Minas Gerais, foi encontrado na manhã deste domingo (29), durante força-tarefa de 138 bombeiros militares, que seguem escavando a extensa área atingida pela lama de rejeitos tóxicos que vazaram da barragem.
Segundo o capitão Paulo Enocke Marques da Silva, ainda não é possível afirmar se os restos mortais são de um homem ou de uma mulher. Além disso, embora o corpo esteja praticamente inteiro, só com a conclusão do trabalho de perícia será possível saber se a vítima já não tinha sido identificada por meio de restos mortais recolhidos antes.
Por este motivo, o Corpo de Bombeiros manteve os números do balanço divulgado em 31 de agosto, um dia após o resgate e a identificação do corpo do funcionário terceirizado João Paulo Ferreira Amorim, de 31 anos – identificado por meio de comparação da arcada dentária. O número de mortos já chega a 249. Vinte e uma pessoas continuam desaparecidas.
Na última quinta-feira (26), equipe do 5° Subgrupamento de Bombeiros Militar Independente, de Coxim, embarcou rumo à área de escavações com dois cães certificados a nível nacional em buscas por restos mortais.
A comitiva sul-mato-grossense é composta pelo Major Fábio Pereira de Lima e o cão pastor belga Duke; pelo 3° Sargento Luciclei da Silva Lima e a labrador retriever Cindy; e pelo Cabo Wilson Rogério de Souza Monteiro, que atua como auxiliar da equipe.
No País, somente quatro cães no país possuem o certificado e reconhecimento a nível nacional em busca por restos mortais.
Corpo soterrado
De acordo com Silva, o corpo encontrado por volta das 10h15 de hoje estava soterrado a 2,5 metros de profundidade, a cerca de sete quilômetros em linha reta da barragem que se rompeu, em uma área que os bombeiros batizaram como Remanso 4.
No total, os bombeiros dividiram a área de buscas em 20 frentes. Localizar mais uma vítima após 248 dias de trabalhos contínuos renovou as esperanças dos militares.
“Isto serve para nos reanimar a seguir com as buscas pelos desaparecidos”, disse o capitão à Agência Brasil. Para ele, o deslocamento do efetivo para atender os efeitos da tragédia decorrente do rompimento da mineradora Vale exige sacrifícios de bombeiros de todo o estado de Minas Gerais.
“Não está sendo fácil para ninguém. Estamos enfrentando a temporada de incêndios; daqui a pouco vai começar a temporada de chuvas no estado. Quando você tira toda esta gente de outros locais para atender a uma única ocorrência, você sobrecarrega a todos, que têm que se desdobrar para dar conta de todas as atividades”, declarou ao comentar que a proximidade do início do período de chuvas preocupa também os que estão diretamente ligados aos trabalhos de buscas das vítimas do rompimento da barragem.
Bombeiros usam nova estratégia
Para tentar acelerar os trabalhos, há quase um mês os bombeiros usam uma nova estratégia. Como mais de 90% dos corpos já resgatados foram encontrados a cerca de três metros de profundidade, os homens passaram a cavar até este limite.
“Inicialmente, optamos por escavar prioritariamente os locais onde acreditávamos haver mais chances de encontrarmos corpos. Em alguns destes pontos, chegamos a cavar até 16 metros, 18 metros,” relatou.
Além de máquinas pesadas e cães farejadores, o Corpo de Bombeiros utiliza um aplicativo que, segundo o capitão, foi desenvolvido pelos próprios especialistas da corporação, em parceria com técnicos da Vale.
“Ele nos permite identificar os pontos já escavados e as áreas em que ainda não chegamos aos três metros. É um aplicativo que indica, inclusive, onde já cavamos um ou dois metros, mas onde ainda não chegamos aos três metros”, explicou Silva, comentando que, até o início da semana, ainda faltava vasculhar um terço de toda a área de buscas.
“Adotamos essa nova estratégia para tentarmos pegar toda a extensão [atingida] pela lama antes do início do período das chuvas”, finalizou.
Com informações da Agência Brasil
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