Bolsonaro: inclusão de estados na reforma depende de apoio do Nordeste

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (2) na Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados que, para incluir estados e municípios, é preciso que os governadores do Nordeste e de esquerda votem a favor, mesmo que isso gere desgaste com suas bases de apoio. Ele disse ainda que espera que relatório do […]

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (2) na Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara dos Deputados que, para incluir estados e municípios, é preciso que os governadores do Nordeste e de esquerda votem a favor, mesmo que isso gere desgaste com suas bases de apoio. Ele disse ainda que espera que relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) seja lido ainda hoje (3).

“Para entrarem estados e municípios, os governadores, em especial os do Nordeste e de esquerda, têm que votar favorável. Até pouco tempo, eles queriam que fosse aprovada a reforma com voto contrário deles para eles não terem desgaste. Porque tem desgaste o parlamento, sim tem. Agora, há um sentimento dentro do parlamento e fora também de que temos que mudar. Se não mudar, o Brasil vai ter mais problemas econômicos pela frente do que já temos no momento”, disse.

Nos últimos dias tem ocorrido negociações entre equipe econômica, líderes partidários e governadores para uma possível reinclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, ainda na comissão especial que trata do tema.

Pelo projeto enviado pelo governo federal, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19 da reforma da Previdência valeria automaticamente para servidores dos estados e dos municípios, sem necessidade de aprovação pelos legislativos locais, mas esse ponto foi retirado do parecer do relator.

Sobre reivindicações de militares em relação a regras diferenciadas de aposentadoria, o presidente Bolsonaro disse que isso está em negociação e que todo mundo vai ter sua cota de sacrifício

Ministro do Turismo

Questionado por jornalistas se o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, permanece no cargo, Bolsonaro respondeu que é preciso haver uma acusação formal contra ele para que se tome alguma providência. “Por enquanto tenho 22 ministros sem problema. Tem que ter acusação grave, acusação com substância. Por enquanto não tem nada contra ele ainda. Tem do assessor. Se o assessor falar e for confirmado que ele tem participação, aí a gente toma providência”, disse.

No dia 27 de junho, a Polícia Federal (PF) deteve o assessor especial do Ministério do Turismo, Mateus Von Rondon Martins por suspeita de integrar um suposto esquema que fraudava candidaturas eleitorais em Minas Gerais. Ontem (1°), o assessor foi liberado pela polícia.

Outros dois ex-assessores do ministro do Turismo também foram presos em caráter temporário nesta mesma operação.

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