As caminhadas fazem parte da fisioterapia motora que foi liberada pela equipe médica na segunda-feira, 9. De acordo com o porta-voz, além de caminhar, o presidente passa o tempo sentado em uma poltrona e não tem usado muito o celular.
Rêgo Barros reforçou que Bolsonaro deve embarcar no dia 22 de setembro para Nova York, onde discursará na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O retorno do presidente ao Brasil está previsto para o dia 25. Antes da viagem, a equipe médica do Hospital Vila Nova Star deve ir a Brasília avaliar a saúde de Bolsonaro.
Retorno à Presidência
Pela manhã, em coletiva de imprensa, o porta-voz afirmou que o presidente precisa de “plenitude” para reassumir a Presidência da República e, por isso, o retorno dele ao cargo, que estava previsto para hoje, foi adiado por quatro dias. Até segunda-feira, 16, o presidente em exercício é o general Hamilton Mourão.
Durante a coletiva, o médico responsável pela cirurgia de Bolsonaro, Antônio Macedo, disse que o presidente pode ter alta daqui a 3 ou 4 dias, caso ele apresente melhora nos movimentos intestinais e avance nas dietas. No início da manhã desta sexta-feira, 13, a sonda nasogástrica que havia sido introduzida em Bolsonaro na terça-feira, 10, foi retirada e a dieta líquida, reintroduzida. O objetivo da sonda era drenar ar e líquidos do organismo do presidente para aliviar uma distensão abdominal. “Tiramos a sonda porque a drenagem de ontem para hoje foi bem reduzida”, explicou Macedo.
No entanto, juntamente com a dieta líquida, o presidente continua a ter nutrição endovenosa, ou seja, alimentação diretamente na veia. Segundo Macedo, a equipe médica decidiu manter as duas dietas por precaução. “No momento em que se puder aumentar o volume da dieta líquida sem que ele se sinta mal, eu começo a diminuir a nutrição endovenosa”, disse Macedo.
O médico explicou, ainda, que a alta pode acontecer no momento em que Bolsonaro passar da dieta líquida para uma dieta cremosa e não precisar mais da alimentação na veia.
Quarta cirurgia
O procedimento cirúrgico a que o presidente foi submetido no domingo foi o quarto após ele ter sido esfaqueado há um ano, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais. A cirurgia, realizada para corrigir uma hérnia que surgiu na região do abdômen, durou cerca de cinco horas e foi considerada bem-sucedida pela equipe médica.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, filho do presidente, estão em São Paulo como acompanhantes e dormem no hospital. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fazem visitas ao pai. Na segunda-feira, 9, Bolsonaro recebeu também a visita do presidente em exercício, general Hamilton Mourão.