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Brasil

Seita religiosa que forçava fiéis a trabalho escravo é alvo da PF

Líderes de comunidade evangélica são alvo da Operação Canaã
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Líderes de comunidade evangélica são alvo da Operação Canaã

Uma seita religiosa, investigada desde 2011 por suspeitas de manter fiéis em situação análoga à , é alvo da Operação “Canaã – A Colheita Final” da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (6). Treze pessoas já foram presas, oito delas em Minas Gerais e cinco na Bahia.

A “Comunidade Evangélica Jesus, a Verdade que Marca” possui propriedades rurais em Minas Gerais, em e na Bahia, para onde os fiéis eram atraídos e cooptados a doarem todos os seus bens, incluindo imóveis e carros de luxo.

Nesses locais, os fiéis eram forçados a trabalhar em lavouras ou em estabelecimentos comerciais da seita, como oficinas, postos de gasolina, confecções, sem remuneração e sem descanso.

A operação ocorre em conjunto com o Ministério do Trabalho, e cumpre 42 mandados de busca e apreensão. A Polícia Federal fechou restaurantes e locais onde os fiéis eram forçados a trabalhar nesta terça-feira.

Um dos líderes da seita, apontado como chefe do grupo criminoso, Pastor Cícero, está foragido, assim como nove pessoas. Além do crime de escravidão, os líderes são investigados por tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.Seita religiosa que forçava fiéis a trabalho escravo é alvo da PF

Caso sejam condenados, os líderes religiosos podem pegar até 42 anos de prisão. Mais de 200 policiais estão atuando nas investigações e cumprindo mandados em iversas cidades de São Paulo, Minas Gerais e da Bahia.

Investigações antigas

A seita começou a ser investigada em 2011, e os trabalhos resultaram na deflagração da “Operação Canaã” em 2013, quando a Polícia Federal fez inspeções em propriedades rurais. As precárias condições de alojamento e trabalho foram denunciadas aos órgãos.

Na época, cerca de 800 integrantes da organização moravam em cinco fazendas em São Vicente de Minas e Minduri. Conforme as investigações da época, foi identificado um sofisticado esquema de exploração do trabalho humano e lavagem de dinheiro levado a cabo por dirigentes e líderes religiosos.

Em 2015, uma nova operação prendeu seis líderes da seita religiosa. Segundo a PF, o pastor que é um dos principais líderes da organização foi preso em Pouso Alegre (MG), e outras cinco pessoas, que formariam a cúpula da seita religiosa, foram detidas em Minas Gerais e Bahia.

Além disso, foram bloqueados bens que pertencem aos líderes da seita, entre eles 39 imóveis rurais em Minas Gerais e Bahia, além das contas físicas e jurídicas dos envolvidos.

 

 

 

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