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Depois de mais de dois dias de debate e discussões, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores aprovou neste sábado, 1º, uma nova resolução política para orientar os rumos do partido a partir de 2019. Diferentemente do que estava previsto na primeira versão do documento, o partido recuou de autocríticas feitas aos governos petistas e optou por dar mais ênfase à importância de Fernando , candidato derrotado nas eleições de 2018, como “nova liderança nacional do partido”.

A elaboração da resolução expôs as divergências que tomaram conta do partido desde as eleições, quando Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República. Uma primeira versão do texto havia sido elaborada por uma comissão formada com integrantes de todas as correntes internas da sigla.

Mas esse documento causou desconforto principalmente entre os membros do grupo majoritário denominado Construindo Um Novo Brasil (CNB), e do grupo Movimento PT, que decidiram produzir novas versões do mesmo documento.

Com mais de 70 itens, o texto trazia críticas à política econômica da ex-presidente Dilma Rousseff — que tinha Joaquim Levy como ministro da Fazenda, hoje indicado para ser o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na gestão de Bolsonaro — e também a setores da centro-esquerda que se recusaram a apoiar Haddad no segundo turno da disputa presidencial, numa referência indireta ao PDT, de Ciro Gomes.