Piloto de avião que caiu com Teori pode ter sofrido desorientação espacial, diz FAB
Ministro e mais quatro pessoas morreram
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Ministro e mais quatro pessoas morreram
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira (22) um relatório no qual informou que não há registro de pane ou mau funcionamento no sistema do avião que caiu com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro do ano passado.
Responsável pela investigação, o coronel Marcelo Moreno informou que o piloto do avião, Osmar Rodrigues, “muito provavelmente teve uma desorientação espacial que acarretou a perda de controle da aeronave”.
Segundo a FAB, Rodrigues era “experiente”, mas na hora do acidente a visibilidade estava “restrita” e, com isso, não havia condições mínimas para pouso e decolagem.
Questionado sobre se, diante disso, o piloto não deveria ter tentado pousar, Marcelo Moreno respondeu que as condições meteorológicas “tornavam impraticável o pouso e decolagem no aeródromo de Paraty naquele momento, porque estavam abaixo dos mínimos meteorológicos que são de cumprimento obrigatório a todos que utilizam o espaço aéreo brasileiro que existem para tornar o voo seguro.” Teori e mais quatro pessoas morreram no acidente .
Saiba abaixo as 11 conclusões às quais a FAB chegou:
Não foi identificada qualquer condição de falha ou mau funcionamento da aeronave;
Não se evidenciaram alterações de ordem médica no piloto;
O aeródromo de Paraty permitia somente operações sob regras de voo visual;
O campo visual do piloto estava restrito e com poucas referências visuais (o que tornava pousos e decolagens impraticáveis);
Foram realizadas duas tentativas de pouso;
As condições de voo encontradas favoreciam a ocorrência de ilusão vestibular por excesso de G [desorientação provocada por baixa visibilidade associada a curvas e movimentos da cabeça] e de ilusão visual de terreno homogêneo;
Houve perda de controle e a aeronave impactou contra a agua, com grande angulo de inclinação das asas;
A visibilidade horizontal estava abaixo da recomendada;
A cultura de trabalho presente à época entre o grupo de pilotos que operavam na região de Paraty favorecia a informalidade em detrimento dos requisitos mínimos estabelecidos para a operação sob regras de voo visual;
No que diz respeito ao acidente, pode-se concluir que essa cultura influenciou a tomada de decisão do piloto, o qual, a despeito de encontrar condições adversas e do seu estado emocional frente à situação vivenciada, optou por insistir na tentativa de pouso;
A análise dos parâmetros de voz, fala e linguagem indicou traços de ansiedade no piloto. O estado emocional em que o piloto se encontrava pode ter influenciado a sua decisão de realizar uma nova aproximação, apesar de não ter havido melhoria das condições meteorológicas.
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