Pular para o conteúdo
Brasil

Pesquisadora diz que ataque a macacos pode atrasar detecção da febre amarela

Ataques humanos por meio de espancamento ou de envenenamento
Arquivo -

Ataques humanos por meio de espancamento ou de envenenamento

A pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Mariana Rocha David, doutora em biologia parasitária, fez um alerta hoje (26) de que a grande mortandade de macacos provocada por ataques humanos por meio de espancamento ou de envenenamento pode sobrecarregar o sistema de detecção do vírus da .Pesquisadora diz que ataque a macacos pode atrasar detecção da febre amarela

Em palestra no Museu do Amanhã, no , a pesquisadora destacou que a confirmação de que o macaco de fato morreu vítima da doença pode demorar um tempo maior a partir do momento em que uma grande quantidade de amostras de sangue desses animais chegar aos laboratórios de referência para serem analisadas.

“Além de a gente estar matando o animal que mostra onde está a circulação do vírus, cometendo crime ambiental, provocando desequilíbrio ecológico, a gente está sobrecarregando o sistema que detecta os casos”, disse a pesquisadora.

O último balanço da Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses da prefeitura do Rio mostrou que o estado contabiliza 131 macacos mortos desde o início do ano. Desse total, 69% têm sinais de agressão humana.

A pesquisadora da Fiocruz também ressaltou que, se a população de macacos for dizimada, a tendência é que os mosquitos silvestres transmissores do vírus que circulam na copa das árvores voem até a borda da floresta, onde podem infectar uma pessoa que não está imunizada.

“O macaco não transmite a doença. Ele avisa onde está a circulação do vírus. Precisamos protegê-los”, disse Mariana, que reforçou a necessidade de as pessoas terem responsabilidade ao divulgar informações sobre a febre amarela nas redes sociais.

Ontem (25), o Linha Verde, programa do Disque-Denúncia específico para delatar crimes ambientais, lançou uma campanha contra o ataque a macacos no Rio de Janeiro, depois do elevado número de mortes de primatas este ano. Os animais são hospedeiros da febre amarela silvestre, e apesar de não transmitirem a doença, estão sendo atacados pela população.

Casos

De acordo com o último informe epidemiológico, divulgado na noite de hoje pela Secretaria Estadual de Saúde, este ano foram registrados 26 casos de febre amarela silvestre em humanos no estado do Rio de Janeiro, com oito óbitos.

Teresópolis teve quatro casos, com dois óbitos; Valença, 13 e quatro mortes; Nova Friburgo e Miguel Pereira, um caso e um óbito, cada; e Duas Barras, dois casos. Sumidouro registrou dois casos e Petrópolis, Rio das Flores, Vassouras, um caso cada.

Foi confirmado apenas um caso de febre amarela em macacos, em Niterói. Ao encontrar macacos mortos ou doentes (animal que apresenta comportamento anormal, que está afastado do grupo, com movimentos lentos), o cidadão deve informar o mais rapidamente possível à Secretaria de Saúde do seu município.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Vem aí! Anne Hathaway mostra caracterização para sequência de ‘O Diabo Veste Prada’

Alems lança edital para construção de novo plenário e bloco administrativo com 11 mil m²

Homem que ateou fogo em casa com a companheira e a filha dentro é preso

3 carros exclusivos que nem ganhando na Mega-Sena você poderia comprar

Notícias mais lidas agora

Ex-chefe de licitações do governo de Reinaldo pode ser condenado por rombo de R$ 6,3 milhões no HRMS

Conselhão Nacional inclui em pauta denúncia contra atuação do MPMS

carne frigorifico

Pecuaristas dos EUA aprovam suspensão total da importação da carne brasileira

Jovem pede ajuda em UPA horas após ser baleado em conveniência

Últimas Notícias

Cotidiano

Congresso em MS debate uso da cannabis em tratamentos de doenças bucais

Evento destinado a comunidade odontológica começa nesta terça-feira, 21, com programação até sexta-feira 26.

Trânsito

Motociclista que caiu ao passar em quebra-molas no Silvia Regina continua entubado na Santa Casa

O acidente ocorreu na madrugada do último sábado (19), por volta das 2h20 da madrugada

Brasil

‘Máxima humilhação’, diz Bolsonaro ao mostra tornozeleira após encontrar aliados

Manifestação ocorreu após reunião com deputados e senadores na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira

Polícia

Caminhonete roubada em assalto com família rendida é encontrada abandonada em Ponta Porã

Um morador chegou a ser amarrado com enforca gato e agredido