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Organizadores de passeata temiam violência contra Bolsonaro

BBCBrasil A manicure e estudante de psicologia Ana Paula Faulhaber estava ajudando na coordenação da visita de Jair Bolsonaro (PSL) a Juiz de Fora como voluntária quando viu o candidato sofrer um atentado nesta quinta-feira. Ele foi esfaqueado e sofreu um ferimento no abdômen. Encaminhado ao hospital, passou por uma cirurgia na Santa Casa de […]
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A manicure e estudante de psicologia Ana Paula Faulhaber estava ajudando na coordenação da visita de Jair Bolsonaro (PSL) a Juiz de Fora como voluntária quando viu o candidato sofrer um atentado nesta quinta-feira. Ele foi esfaqueado e sofreu um ferimento no abdômen. Encaminhado ao hospital, passou por uma cirurgia na Santa Casa de Misericórdia da cidade mineira, onde está internado em estado estável.

“Eu não estava conseguindo vê-lo com muita nitidez porque havia muita aglomeração, mas então as pessoas o levantaram e foram andando com ele nos ombros. E de repente só vi ele pondo a mão na barriga e tombando”, afirma Faulhaber.

Maçonaria, apoio à esquerda e à redução da maioridade penal – o perfil do acusado de esfaquear Bolsonaro

Ela conta que, antes do ataque, os organizadores tinham medo de violência contra Bolsonaro – e por isso só divulgaram a visita na terça-feira, apenas dois dias antes de sua chegada.

“Mas não adiantou”, lamenta. “Sendo de Juiz de Fora, fico muito triste. A cidade fica manchada. Foi a primeira cidade em que isso aconteceu com ele. A gente queria ter recebido ele de uma forma melhor”, afirma ela, que acompanhou toda a agenda do candidato na cidade e horas antes tirou uma selfie com ele.

Ana Paula afirma que o ataque gerou revolta imediata.

“Todo mundo ficou muito revoltado. Ele estava ali com muito carinho para todo mundo, e as pessoas dando muito carinho para ele. Isso não poderia ter acontecido. Fico muito triste, porque custou até ele vir para Juiz de Fora, e agora queimou o filme da cidade”, afirma.

Medo e busca por abrigo

Trabalhadores das lojas da região relataram que o ataque gerou uma confusão, com pessoas que estavam na passeada correndo amedrontadas e procurando abrigo nas lojas.

“Teve correria, soubemos do que aconteceu e as lojas começaram a fechar. Ficamos fechados dentro das lojas”, disse Wellerson Alves, funcionário do comércio local.

“Depois (do atentado), a Polícia Militar chegou com um carro e ficou parada ali durante algum tempo. Mas não chegou a isolar a rua nem nada. Lá pelas 17h, já não tinha mais ninguém do comício”, disse uma comerciante que trabalha em uma joalheria e preferiu permanecer anônima.

A funcionária de uma loja de armas em uma galeria próxima ao local onde aconteceu o atentado disse que viu pessoas feridas no meio da confusão. “Trouxeram para a galeria um senhor passando mal, ele estava muito abalado. Ele estava bem próximo e foi acertado sem querer quando as pessoas tentavam bater no agressor”, diz Laura Helena.

Comoção

“Foi uma comoção total. As pessoas ficaram muito nervosas, agitadas, havia muita gente chorando”, conta Anderson Faulhaber, sargento reformado da Polícia Militar de Minas Gerais e pai de Ana Paula.

Anderson Faulhaber era um líderes do grupo de 30 agentes de segurança pública – entre policiais militares, civis, na ativa ou reformados, todos vestidos de preto – que compunham a segurança secundária de Bolsonaro no evento, reforçando o trabalho de agentes da Polícia Federal e atuando de forma voluntária.

“O público avançou e queria linchar o rapaz que fez isso. As pessoas em volta tentaram chutar e agredi-lo, todos com muita raiva, mas a segurança impediu. A gente já tinha um plano de fuga preparado para e ele foi colocado em prática para apressar o socorro”, conta.

“O candidato é adepto do público e não admite que ninguém seja impedido de chegar perto dele. Não faz restrição a cumprimentar ninguém. Isso nos preocupava, e gerou facilidade para o agressor chegar perto, porque não é feito nenhum cordão de isolamento por ordem do próprio candidato”, diz Faulhaber.

A programação de Bolsonaro em Juiz de Fora começou com uma visita ao Ascomcer, a Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora, na parte da manhã. Em seguida, ele almoçou com empresários no Hotel Trade.

Havia acabado de sair do almoço e percorria o calçadão da rua Halfeld, a principal da cidade, quando ocorreu o ataque.

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