Empresas de Picciani são acusadas de fraudar compras de gado

O Ministério Público entrou com uma ação civil pública contra empresas de Jorge Picciani, presidente afastado da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), por lavagem de dinheiro e venda subfaturada de gado.

Segundo investigações do MP, o ex-presidente do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), Jonas Lopes de Carvalho, teria feito contratos fraudulentos com as empresas de Picciani, Agrobilara e Agrocopa.

Os contratos tinham o objetivo de esconder o aumento de patrimônio de Jonas Lopes, obtido com o pagamento de propinas, por meio da compra de gado das empresas de Picciani. A maior parte do pagamento era paga por fora.

Ao todo, o MP do Rio requer à Justiça o bloqueio de R$ 10 milhões das contas da Agrobilara, da Agrocopa, de Jorge Picciani, além de seu filho e administrador das empresas, Felipe Picciani, e seu sócio, André Monteiro.Ministério Público pede bloqueio de R$ 10 milhões de presidente da Alerj

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (22) pelo MP. Segundo o órgão, Jonas Lopes teria feito a compra de mais de R$ 1 milhão em cabeças de gado entre 2014 e 2015, sendo que apenas R$ 287,9 mil desse dinheiro foi declarado.

O Ministério Público requer ainda que as empresas sejam enquadradas na Lei Anticorrupção, que prevê multa de até 20% do faturamento bruto no último exercício e dissolução compulsória das companhias. Jorge Picciani não se manifestou sobre as ações.