Mantega, Bendine e Augustin se tornam réus por pedaladas fiscais

Neste sábado (1) é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande preparou uma ação de testagem rápida no Camelódromo, a partir das 8h. Quem passar pelo local poderá fazer o teste de HIV, sífilis, hepatite B e C até às 16h, sem intervalo para […]

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Neste sábado (1) é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande preparou uma ação de testagem rápida no Camelódromo, a partir das 8h. Quem passar pelo local poderá fazer o teste de HIV, sífilis, hepatite B e C até às 16h, sem intervalo para o almoço.

A data deste ano é muito importante, pois recorda os 30 anos de enfrentamento da doença com políticas públicas de acesso a prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas vivendo com o HIV.

Este mês é lembrado como “Dezembro Vermelho” para chamar a atenção da sociedade para a necessidade de conhecer a condição sorológica e havendo o diagnóstico, o tratamento adequado. As campanhas de conscientização para uso da camisinha para evitar a transmissão e contágio da doença é dos pilares da prevenção.

A chefe do Programa IST/AIDS da Sesau, Denise Leite Lima, explica a importância do enfrentamento contra o HIV. “Precisamos conscientizar a população para que todos façam o teste rápido e saibam sua condição sorológica e o mês de dezembro é período em que toda a sociedade se mobiliza para esclarecer as formas de contágio e o tratamento”, disse.

Ainda neste mês, as 68 unidades básicas de saúde (UBS/UBSF) vão intensificar as atividades de conscientização e palestras com pacientes e as áreas de atuação, oferecendo durante todo o mês, os testes rápidos de HIV, sífilis, hepatites B e C.

As empresas de aplicativos de caronas fizeram uma parceria com o Programa IST/AIDS e vão distribuir gratuitamente aos passageiros, kits com preservativos e materiais informativos, alertando para a necessidade do teste rápido para conhecimento da condição sorológica.

Casos

Até outubro deste ano foram diagnosticadas 126 pessoas com AIDS e 236 com o HIV em Campo Grande. No mesmo período de 2017, foi 153 e 230, respectivamente, o que aponta uma redução nos casos graves da doença, ou seja, a AIDS, e um pequeno aumento que pode ser considerável estável nos casos de HIV.

Clique aqui e confira a série histórica do HIV e da AIDS desde 1990.

O aumento de novas notificações por HIV está diretamente relacionado com a oferta dos testes rápidos nas 67 unidades básicas de saúde da Capital. Em 2017, o Programa IST/AIDS determinou a descentralização dos exames facilitando o acesso e consequentemente o diagnóstico de pessoas infectadas e que não sabiam da condição sorológica. Até 2016, apenas duas unidades da SESAU realizavam a testagem.

Em 2016 foram realizados 8.197 testes rápidos, enquanto que no ano seguinte houve um saltou para 14.177. Até outubro de 2018, forma 10.167 testes rápidos, podendo atingir o mesmo volume testado no ano passado.

Dos casos de HIV diagnosticados em 2018, 64% foram entre a faixa etária de 20 a 34 anos. Quando somados com a faixa etária de 35 a 49 anos, o percentual cresce para 86%. Em relação aos casos de AIDS, 49% foram registrados na faixa etária de 20 a 34 nos, e 80% quando considerados os casos entre 35 e 49 anos.

 O que é HIV?

HIV é uma sigla para o vírus da imunodeficiência humana. É o vírus que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez contraído o HIV, o indivíduo viverá com o vírus para sempre.

AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

Esta é a fase da infecção que ocorre quando o sistema imunológico está seriamente danificado e a pessoa se torna vulnerável a infecções e as chamadas doenças oportunistas. Quando o número das células CD4 cai abaixo de 350 células por milímetro cúbico de sangue (350 células/mm3), é considerada a progressão do HIV para a AIDS. (A contagem normal de CD4 fica entre 500 e 1.600 células/mm3).

Pode ser diagnosticada com AIDS a pessoa que desenvolver uma ou mais das doenças oportunistas, independentemente de contagem de CD4. Sem tratamento, as pessoas que são diagnosticadas com AIDS normalmente sobrevivem cerca de 3 anos. Uma vez com uma doença oportunista perigosa, a expectativa de vida sem tratamento cai para cerca de 1 ano. Pessoas com AIDS precisam de tratamento médico para evitar a morte.

Tratamento

A terapia antirretroviral (TARV) pode prolongar significativamente a vida das pessoas infectadas pelo HIV e diminuir as chances de transmissão da doença (indetectável). É importante que as pessoas façam o teste de HIV e saibam desde cedo que estão infectadas para que os cuidados médicos e o tratamento tenham maior efeito.

A terapia antirretroviral é transformadora para as pessoas que vivem com o HIV. Permite que elas recuperem sua qualidade de vida, voltem ao trabalho, desfrutem de suas famílias e desfrutem de um futuro cheio de esperança.

Indetectável

O principal objetivo da terapia antirretroviral é manter a boa saúde das pessoas vivendo com HIV. Para a grande maioria podem ser indicadas medicações antirretrovirais capazes de reduzir a quantidade de HIV no sangue para níveis que são indetectáveis por testes laboratoriais padrão. Pode levar alguns meses até que se consiga reduzir os níveis de vírus a patamares indetectáveis e permitir que o sistema imunológico comece a se recuperar.

Além do impacto positivo sobre a saúde das pessoas vivendo com o HIV, há um consenso crescente entre cientistas de que pessoas com carga viral indetectável em seu sangue não transmitem o vírus sexualmente. Esse conhecimento pode ser empoderador para as pessoas vivendo com HIV. A consciência de que eles não estão mais transmitindo o HIV sexualmente pode proporcionar às pessoas que vivem com o vírus um forte senso de que passam a ser agentes de prevenção em sua abordagem para os relacionamentos novos ou já existentes.

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