A cozinheira Regiane Neves da Silva Ferrari, mãe do jovem morto durante uma em maio deste ano, entrou com um processo contra a policial que o matou por usar as imagens da câmera de segurança em sua .

De acordo com a agência Folhapress a mãe do jovem não questiona a ação da policial, mas sim o uso das imagens diariamente em sua campanha eleitoral.

“Ao exibir a cena na propaganda eleitoral, dia após dia, ela me torturou e à minha família de um modo terrível”, afirma a cozinheira.

A mãe cobra R$ 477 mil na ação (o equivalente a 500 salários mínimos). No vídeo usado na campanha, após as imagens da ação, a PM afirma que atirou e atiraria de novo. “Tenho coragem”, afirmava a candidata no vídeo.

“Quando dizia que matou e que mataria de novo, eu pensava que era a mim que ela estava querendo matar”, relata a cozinheira. “Afinal, meu filho já está morto, eu que estava sofrendo na frente da TV.”

Regina afirma que foi diagnosticada com e atualmente vive à base de remédios. “O que ela fez foi um absurdo”, relata a mãe. “Toda vez que a cena aparecia na TV, meus netos gritavam: ‘vó, estão matando o Zoca de novo, venha ver’”.

O caso

A cabo da PM (Polícia Militar) de São Paulo, Kátia Sastre, de 42 anos, foi eleita para o cargo de deputada federal por São Paulo, ela conquistou 264 mil votos e foi a sétima candidata mais votada do estado.

Kátia ficou conhecida em maio deste ano. Ela atirou em um assaltante que tentava roubar pessoas em frente uma escola infantil na capital paulista.

A ação da policial foi gravada por câmeras de segurança que flagraram o momento da abordagem, ela estava em frente a escola onde sua filha de sete anos estuda, à paisana, quando percebeu o assalto reagiu. A PM atirou contra Elivelton Neves Moreira, de 21 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

O caso ganhou grande repercussão nacional, na época, Kátia chegou a receber uma homenagem do então governador de São Paulo, Márcio França (PSB).