Pular para o conteúdo
Brasil

Conversas com mercado não estão no radar por enquanto, diz Haddad

Reuters Conversas com representantes do mercado financeiro não estão no radar por enquanto, disse à Reuters nesta quarta-feira o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, depois de uma entrevista à imprensa estrangeira. Haddad admitiu à Reuters que empresas de ratings e investimentos tem procurado a campanha, mas essas conversas não estão na sua agenda […]
Arquivo -

Reuters

Conversas com representantes do mercado financeiro não estão no radar por enquanto, disse à Reuters nesta quarta-feira o candidato do PT à Presidência, , depois de uma entrevista à imprensa estrangeira.

Haddad admitiu à Reuters que empresas de ratings e investimentos tem procurado a campanha, mas essas conversas não estão na sua agenda por enquanto.

“Sim, temos sido procurados. Mas não vamos conversar agora”, disse o candidato.

Fontes ouvidas pela Reuters, no entanto, afirmam que essas conversas com representantes do mercado estão no horizonte, mas não de imediato. Haddad ainda não designou um interlocutor para fazer essa ponte e a preocupação mais imediata do candidato, pessoalmente, é assegurar as alianças políticas e sociais para esse segundo turno da campanha.

A avaliação da coordenação de campanha do PT é que o mercado financeiro já fez sua escolha e não há nada que o partido faça nesse momento que vá mudar essa imagem. Na terça-feira, diante da insistência de jornalistas sobre quais sinais o partido daria ao mercado, o ex-ministro e senador eleito Jaques Wagner, um dos coordenadores da campanha, afirmou que o PT não tem como interferir se o mercado já escolheu seu candidato.

“Vai dizer quem quer, mas vai conviver com quem foi eleito. O candidato do mercado é o do PSL, nós vamos provar que o candidato do povo é Haddad e o mercado vai se curvar”, disse Wagner.

O próprio Haddad afirmou, na entrevista a correspondentes estrangeiros, que o mercado financeiro já havia declarado sua preferência por Bolsonaro em função das políticas liberais prometidas pelo guru financeiro do candidato do PSL, Paulo Guedes, que prometem lucro fácil e rápido.

“Todo establishment brasileiro apoia a candidatura de extrema-direita. Aqui o mercado financeiro tem preferência pelo candidato de extrema-direita, em virtude do seu programa de venda do patrimônio nacional, basicamente pensando em lucro rápido e de curto prazo. Estão de olho na Petrobras, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal. Então nós temos que fazer um alerta do risco”, disse Haddad.

Ainda quando estava como coordenador do programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e depois, como seu vice, o petista participou de rodadas de conversas com diverso bancos, investidores e agências de risco. A avaliação de ambos os lados foi positiva.

No entanto, pesa contra Haddad o partido e alguns pontos do seu programa, como a intenção de taxar bancos que não diminuírem o chamado spread bancário. Ao mesmo tempo, o fato de Bolsonaro apontar Paulo Guedes, um homem de mercado e liberal, como seu futuro ministro e o homem com todas as respostas econômicas, anima o mercado financeiro.

Durante a entrevista, ao ser questionado sobre as diferenças na política econômica dos dois candidatos, Haddad voltou a vincular as idéias de Bolsonaro ao atual governo, de Michel Temer.

“A política do Paulo Guedes é aprofundar a agenda Temer. É o Temer piorado”, disse.

Haddad também voltou a dizer que, ao contrário do adversário, não colocará no Ministério da Fazenda alguém do mercado financeiro, mas um empresário ligado à produção.

“O que eu posso assegurar é que o Ministério da Fazenda no meu governo não vai ser ocupado por um banqueiro. Ministério da Fazenda tem que ser ocupado por alguém comprometido com a produção, com o emprego”, afirmou.

Como a Reuters mostrou na terça-feira, Haddad fala de um perfil, mas não pretende anunciar nomes para a equipe, nem mesmo o de ministro da Fazenda, antes da eleição. A avaliação no PT é que falar em nomes pode agradar o mercado, mas alienar boa parte da base petista —ou vice-versa—, além de parecer “salto alto”.

O candidato petista não quis comentar a denúncia contra o assessor econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, alegando não conhecer o teor.

“Não li a denúncia e não vou me manifestar porque não sei da solidez dela. Não vou falar mal de alguém só porque surgiu a oportunidade”, disse.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

MSVia abre vagas para diversos setores em MS, com oportunidades para PcDs

Inspeções em Ponta Porã e Paraguai devem destravar aeroporto binacional na fronteira

Dólar continua caindo e chega a R$ 5,52

SC: Seis advogados são presos por suspeita de lesar mais de mil idosos

Notícias mais lidas agora

MS alega na Justiça que chineses receberam incentivos para megaindústria, mas abandonaram área

Tarifaço dos EUA: Nelsinho Trad diz que comitiva não tem prerrogativa para negociar

TAMANDUA ENFRENTA ONÇAS NO PANTANAL

Desfecho impensável: tamanduá se recusa a virar comida e enfrenta 3 onças no Pantanal

Entidades de MS integram carta com 90 assinaturas por sanção integral do Licenciamento Ambiental

Últimas Notícias

Conteúdo de Marca

Um guia para iniciantes sobre RTP em cassinos online

Se você já jogou em algum caça-níquel online, jogou roleta ou se arriscou num blackjack, provavelmente já se deparou com esse tal de RTP. Mas afinal, o que esse termo quer dizer e por que ele importa tanto para quem curte apostar? Na prática, entender como o RTP funciona pode te ajudar a gastar menos … Continued

Polícia

Ao sacar dinheiro, idosa cai no golpe do ‘chupa-cabra’ na Vila Bandeirantes

A vítima teve a conta bancária zerada pelos golpistas que estavam em Campo Grande

Cotidiano

Enem 2025: Mato Grosso do Sul tem 57 mil candidatos inscritos no exame

O estado com maior número de inscritos é São Paulo, com mais de 750 mil inscrições

Polícia

Condenada por matar rival a facadas é presa no Buriti em Campo Grande

Fernanda Rosa dos Santos foi condenada em abril de 2024, mas estava foragida desde março deste ano