O candidato à Presidência da República (PDT) voltou a defender sua promessa de tirar o nome de endividados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, nessa segunda-feira (27). O telejornal recebe nesta semana os candidatos ao Palácio do Planalto melhores colocados nas pesquisas.

A entrevista ainda ficou marcada por um embate de Ciro com o apresentador William Bonner sobre o histórico de acusações e denúncias contra o presidente do PDT, Carlos Lupi. O pedetista disse desconhecer que Lupi é réu em um processo por improbidade administrativa no Distrito Federal.

“Se eu for eleito, Lupi terá em meu governo a posição que quiser”, declarou Ciro. “A mim surpreende essas informações. Réu com certeza ele não é. Então estou surpreendido. E me comprometo a adicionar qualquer manifestação no meu site”.

Ao longo da campanha, Ciro tem prometido que irá ajudar a “limpar o nome” de mais de 63 milhões de brasileiros que estão negativados no SPC. Concorrentes do pedetista têm criticado a proposta.

Questionado por Bonner se sua promessa não levaria o eleitor a acreditar que, caso venha a ser eleito, Ciro irá eliminar a dívida dos cidadãos, o candidato afirmou que irá fazer um refinanciamento –segundo ele, tirando os juros de 500% aplicados pelos bancos para de 10 a 12% por um período de 36 meses.

O presidenciável negou que a proposta seja simplista, levando os eleitores a acreditar em uma possível troca de favores.

“Não tem nenhuma coerência com minha prática”, afirmou Ciro, negando que esteja enganando o eleitor: “Quem transformou isso em hit da campanha não fui eu, foram meus adversários”.

Ao longo da entrevista, Ciro chegou a entregar a Bonner o que chamou de um manual que, segundo ele, explicaria como colocar em prática sua proposta.

Ao longo da entrevista, Ciro refutou a imagem de que seria o candidato responsável por unir as esquerdas –”nunca me apresentei assim”—e defendeu sua candidata a vice, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), figura que Bonner apontou ser criticada por setores da esquerda por algumas de suas posições, como ser mais liberal ao porte de armas e contra a demarcação de terras indígenas.

*Com informações do UOL