A TV Record está transmitindo neste domingo (30) o sexto e penúltimo debate entre os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018. O encontro tem a participação dos candidatos Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). Jair Bolsonaro (PSL) foi convidado, mas, devido ao seu estado de saúde, não deve participar.

Ele se recupera em sua casa, no Rio, de uma facada recebida durante um ato de campanha, em 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). No primeiro bloco, os candidatos centraram as críticas ao militar reformado, que lidera as pesquisas de intenção de voto. No segundo, tema da corrupção foi abordado, com críticas ao PT. Os mediadores do debate são os jornalistas Adriana Araújo e Celso Freitas, âncoras do Jornal da Record.

23:30  (horário de Brasília-DF)– Democracia

Começa o terceiro bloco, também com confrontos diretos. Ciro pergunta a Haddad, diz que são professores e cita programa de governo do petista. Pedetista pergunta o que Haddad quer dizer com convocar Constituinte. Ex-prefeito de São Paulo fala em tornar Constituição mais moderna. Defende uma reforma constitucional. Petista diz que estados estão em crise, como Minas e Rio Grande do Sul. Proposta é de repactuar. Ciro diz que petista não acredita em nada do que está dizendo. Diz que ele está propondo uma vingança e compara ele ao general Mourão, vice de Bolsonaro. Haddad responde que ideias são diferentes. “Meu compromisso com a democracia não é de hoje.”

23:20 – Petrobras

Em pergunta sobre a Petrobras, feita por Alvaro Dias, Boulos defende transparência de repasses públicos. “Hoje você pode pedir comida pelo celular e avaliar o serviço. Mas não pode fiscalizar e avaliar o poder público”, diz o candidato do PSOL. Dias afirma que Petrobras foi roubada e que fez representações pedindo investigações sobre as negociações da estatal no governo do PT. Na tréplica, Boulos diz que a Justiça não pode ser seletiva e tem que “moralizar o próprio quintal”. Se houve corrupção da Petrobras, ele defende a punição dos culpados. “Não pode entregar ela.”

23:15 – Forças armadas

Daciolo pergunta a Alvaro Dias sobre as forças armadas, que, segundo ele, foram sucateadas. Dias diz que há um abandono total na área de inteligência. Daciolo afirma que Brasil não tem sequer satélite de comunicação. Afirma ainda que jovens vão para o crime e que “vivemos numa guerra civil”. Candidato do Podemos muda de assunto e diz que Ciro Gomes está sendo injustiçado. “Da prisão em Curitiba, Lula comanda campanha do PT e autoriza repasses de recursos para tirar apoiadores de Ciro e levá-los para o PT”. Haddad pede direito de resposta, que depois foi negado.

23:10 – Política para se servir

Marina pergunta qual a visão de política de Daciolo para que as pessoas voltem a ter esperança. O cabo diz que ama todos os candidatos, mas que não vai permitir que eles enganem os eleitores. “Eu vou responder, tá?”. Marina diz: “Estou aguardando”. Em seguida, Daciolo, perdido, fala em saúde. Marina cita papa Francisco, diz que a política é para “o ato de serviço”. “Muitos que tiveram a oportunidade usaram a política para se servir”, afirma Marina. Daciolo, na tréplica, afirma que é simples resolver: “A quadrilha está identificada, é só pegar eles todos”. Cabo diz que é com amor que vai transformar a nação.

23:05 – Bolsonaro de novo

Meirelles pela segunda vez pergunta sobre Bolsonaro. Diz que o militar reformado não gosta do Bolsa Família e quer trazer de volta CPMF. Pergunta é endereçada a Marina. Ela volta a criticar candidato por suas posições contra as minorias. “O Bolsonaro faz questão dizer que vai governar para os ricos”, diz Marina. “Se é assim para ganhar, imagine depois que ganha”, afirma a candidata da Rede. Meirelles defende o Bolsa Família como oportunidade para as pessoas progredirem. “Tenho proposta de levar o Prouni para as creches”, diz emedebista. Ele promete aumentar o programa. Marina diz que vai manter Bolsa Família e propões programa Renda Jovem para evitar evasão escolar.

23:00 – Radicalismo

Alckmin pergunta a Meirelles. Diz que radicalismo atrapalha crescimento. Candidato do MDB afirma que para criar empregos é preciso equilíbrio das contas públicas e confiança. “Quando entrei no governo a confiança aumentou.” Tucano diz que vai investir na agricultura, infraestrutura e logística, acordos comerciais e reduzir impostos. “Educação e saúde podem crescer na PEC acima da inflação”, diz Alckmin, voltando à discussão que teve com Boulos. Meirelles diz que política econômica tem que atrair investimentos e aumentar infraestrutura.

22:56 – Ciro e o SPC

Ciro pergunta a Alckmin e cita sua proposta de tirar o nome das pessoas do SPC. Alckmin defende aumentar o crédito, trazer mais bancos para o Brasil e reduzir taxa de juros com boa política fiscal. “Estava nos estudos do Ciro recriar a CPMF, ele viu a repercussão do Bolsonaro e deu uma recuada”, responde o tucano. “O governador Alckmin resolveu agora ser mal”, rebate Ciro. Pedetista volta a falar em unir o Brasil, apostando na divisão que se criou. Tucano aproveita para lembrar de Dilma e afirma que PT esconde ela. Diz que não vai criar imposto novo, mas suprimir cinco e simplificar em um só. “É emprego na veia.”

22:52 – Propostas para a educação

Haddad pergunta sobre propostas de educação de Ciro. O candidato do PDT começa corrigindo o petista sobre pergunta anterior: “Eu vetei aliança com Eunício Oliveira no Ceará”. Ciro critica ensino pago em sua resposta. “Ninguém investiu mais em ensino público gratuito do que eu”, diz Haddad. Petista afirma que fez apenas visita a Eunício. “Não fiz acordo com ele.” Ciro ri. Pedetista termina falando de radicalização armada pelo PT.

22:48 – PT e suas alianças

O segundo bloco começa. Boulos pergunta a Haddad e diz que é inexplicável aliança de petista com políticos que apoiaram impeachment de Dilma. Haddad agradece pergunta e diz que ele e Boulos defendem os mesmos direitos. Ex-ministro de Lula defende coligações nos estados, especialmente no Nordeste. O candidato do PSOL diz que pessoas estão desiludidas e desesperadas e, por isso, votam até no Bolsonaro. “Temos responsabilidade com o presente. Temos que aprender com erros do passado. Não vamos derrotar o golpe de mãos dadas com golpistas”, afirma Boulos. Haddad responde: “Vamos fazer alianças com quem defende os pobres, como você e o Ciro. É com paz e diálogo que vamos sair dessa crise”.

22:36 – Boicote ao cabo Daciolo

É a vez de Boulos e Daciolo. O cabo chama o cenário político de farsa, diz que os candidatos no debate estão jogando vôlei, batendo bola contra Bolsonaro. Diz que está sendo boicotado para não participar de debate da Globo, no dia 4. Critica Haddad, dizendo que o petista não fez nada como prefeito. “Não faço parte desse grupo de amigos, se tem um jantar depois do debate, não fui convidado e nem quero ir”, diz Boulos. Candidato do PSOL defende movimento dos sem-teto. Na tréplica, Daciolo lembra a vitória do Brasil sobre os EUA na final no Pan-Americano de 1987, afirmando que é possível fazer igual na política.

22:31 – Saúde

Alckmin pergunta para Boulos, mas seu tempo é usado para falar de suas próprias realizações na área da saúde quando governador. Boulos lembra manifestação das mulheres e diz que foi aula de democracia. Fala em revogar estrago do governo Temer, que congelou gastos públicos. Afirma que investimento é necessário no SUS (Sistema Único de Saúde). Em sua réplica, Alckmin diz que não foi favorável à PEC do teto e diz que ela foi necessária porque o PT quebrou o país. “Saúde está fora da PEC”, diz, enquanto Boulos balança a cabeça negativamente. “Diz que está fora é uma mentira, Geraldo Alckmin”, rebate Boulos. “Meus pais são médicos”, lembra o candidato do PSOL, antes de defender investimento do SUS e enfrentamento ao lobby dos planos de saúde.

22:27 – ‘Exemplo de civismo’

Alckmin elogia mulheres e diz que elas deram um exemplo de civismo por causa de manifestações contra Bolsonaro neste sábado. Afirma que irá fazer reforma política e aproveita para criticar PT e estatais criticadas pelo partido e que estão, em suas palavras, “dando prejuízo”. Defende diminuir o número de senadores de três para dois em cada estado. Alvaro Dias critica coligação de Alckmin com partidos do centrão. Ex-governador de São Paulo lembra que Dias era de seu partido e defende aliança com partidos pela governabilidade. Tucano critica radicalismo e defende a união. “Acredito na virada nesta semana”.

22:22 – O medo

Marina pergunta a Alvaro Dias. Diz que o voto está marcado pelo medo nestas eleições. Dias lembra frase de FHC sobre a “marcha da insensatez”. Senador diz que ameaça é de dois fantasmas: o da direita e o da esquerda. “Eleição é para premiar o melhor”, afirma. Na réplica, Marina, em ato falho, chama Dias de Alckmin. Afirma que pode unir o Brasil, juntar pessoas para defender educação e garantir segurança para “nossos filhos”. “O PT acabou criando o Bolsonaro”, diz. Na sua vez, Dias afirma que pessoas de bem vão sacudir o Brasil nos próximos dias. Chama o PT de organização criminosa. Críticas ao PT e a Bolsonaro marcam debate até aqui.

22:17 – Fala grosso, mas amarela

Ciro critica ausência de Bolsonaro e pergunta a Marina: “Qual sua opinião sobre a frase dele de que não irá reconhecer resultado das eleições?” Marina chama o candidato do PSL de autoritário e lembra que ele desrespeita minorias. “Não se pode entrar no jogo para ganhar de qualquer jeito. O Bolsonaro fala muito grosso mas tem momentos que amarela”, diz. Ciro lembra o sentido da palavra democracia, diz que Bolsonaro faz declarações antipovo e antipobre. “O Brasil não aguenta mais a radicalização odienta”, afirma Ciro. Marina afirma que ele está se desconstruindo pelos próprios atos. Em dobradinha, Ciro e Marina lembram deslizes de Bolsonaro.

22:12 – Ódio não cria empregos

Meirelles pergunta a Ciro sobre o radicalismo de Bolsonaro: “O que fazer para promover entendimento para não cair em radicalismo?”. Candidato do PDT responde que é a situação é a mais grave dessa etapa das eleições. Lembra que em 2014 a eleição já era rachada. Na réplica, ex-ministro da Fazenda de Temer diz que o “ódio não cria empregos” e defende política de entendimentos. Ciro se classifica como amigo de todos capaz de criar esse entendimento.

22:10 – Propostas para os deficientes

Haddad diz que pessoas com deficiência merecem respeito. Diz que o Minha Casa, Minha Vida adaptou moradia para eles. Meirelles diz que deficientes vão ganhar cartão eletrônica com histórico sobre problemas de saúde. “Isso é um exemplo para deficiente e para todos”, diz

22:06 -Daciolo e a geopolítica do continente

Daciolo pergunta para Haddad sobre infraestrutura e saneamento e sobre “Quem é Lula”. Haddad critica emenda que fixou teto de gastos e diz que país não vai retomar obras que geram emprego. Sobre Lula, diz: “É o maior presidente da história do Brasil, o maior estadista, de projeção internacional. Haddad ainda diz que Daciolo não entende da geopolítica do continente.

22:00 – Primeiro bloco

Apresentadores explicam ausência de Bolsonaro devido à facada no dia 6 de setembro. Por recomendações médicas, Bolsonaro está em casa se recuperando. Todos vão perguntar e responder uma única vez. São 40 segundos para a pergunta, um minuto de resposta, um minuto de réplica e um minuto de tréplica.

21:55 – Daciolo e o telefone

Cabo Daciolo (Patriota) protagonizou o primeiro momento cômico do debate da Record ao chegar à emissora.

O deputado pediu ajuda aos jornalistas para desmentir os perfis falsos criados em seu nome nas redes. Ele mostrou seu celular, um modelo tão simples que “dá para atirar no chão que ele não quebra”, o que o presidenciável efetivamente demonstrou.

A única funcionalidade da qual ele necessita, diz, é a “lanterna para subir o monte”. Depois de recolocar a bateria do telefone, que voou com a queda, Daciolo voltou a dizer que vencerá a eleição em primeiro turno, com 51% dos votos.

21:49 – Haddad responde a Alckmin e nega “poupar” Bolsonaro

O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, respondeu às críticas de Geraldo Alckmin (PSDB) e negou estar “poupando” Jair Bolsonaro.

“Eu também não estou criticando ele (Alckmin), porque eu não estou fazendo críticas. Estou apresentando propostas”, afirmou.

21:39 – Meirelles, Alckmin e Boulos ressaltam “mulheres contra Bolsonaro” em chegada ao debate

Os candidatos à Presidência do MDB, Henrique Meirelles, do PSDB, Geraldo Alckmin, e do PSOL, Guilherme Boulos, ressaltaram os movimentos contra Jair Bolsonaro (PSL) na chegada ao debate da Record, em São Paulo.

Meirelles definiu Bolsonaro como o “candidato do retrocesso” , por, diz ele, “defender que mulheres ganhem menos que homens”. Já Boulos disse acreditar que será o voto feminino que “impedirá a vitória do candidato do PSL”. Ele também se posicionou contra o voto útil.