Ministério Público de Goiás investiga ação de grupo
Uma operação do MP-GO (Ministério Público Estadual de Goiás) revelou que um bispo, quatro padres, um monsenhor e um grupo de funcionários administrativos teriam desviado cerca de R$ 2 milhões de recursos da Igreja Católica.
O caso aconteceu em Posse e em duas cidades no entorno de Brasília Tanto o bispo Dom José Ronaldo quanto os outros integrantes do grupo foram presos na manhã desta terça-feira (20).
Segundo a investigação, realizada a partir de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, o grupo se apropriava de dinheiro oriundo de dízimos, doações, arrecadações de festas realizadas por fiéis e taxas de eventos como batismos e casamentos.
A quadrilha teria comprado uma fazenda de criação de gado e uma casa lotérica com o dinheiro desviado do dízimo e doações. Carros comprados pela Diocese de Formosa e outros bens particulares também teriam sido comprados com o dinheiro.
As investigações tiveram início em 2015, após fiéis desconfiados denunciarem os supostos desvios ao MP-GO. Em dezembro, intimado pelo órgão público, o bispo Dom José negou que houvessem irregularidades nas contas da Diocese de Formosa.
“Não tem nada de impropriedade. Não toco nos repasses financeiros das paróquias que são destinados à manutenção das necessidades da Diocese, casa do clero, seminário, estrutura da cúria, funcionários etc”, declarou.
O grupo que contesta as contas disse que não recolheria mais o dízimo. A diocese disse, na época, que o custo das 33 paróquias é de cerca de R$ 12 milhões por ano. Já a arrecadação, no mesmo período, é de R$ 16 milhões. O restante é destinado ao fundo de cada unidade.