O vídeo que circula nas redes sociais mostra um professor sendo humilhado e xingado pelos alunos na sala de aula. Os alunos são do Ciep Municipal Mestre Marçal, no interior do Rio de Janeiro.
Nos três minutos de filmagem o professor é ofendido e os alunos fazem sinais obscenos com o dedo, o professor demostrou calma e tentou conversar com os jovens.
Em outro momento um dos adolescentes chega a arremessar uma pochete na direção do professor quando ele escrevia no quadro. O professor questiona se a intenção era atingi-lo e outro aluno responde: “‘Peraí’ que agora vai acertar”.
As filmagens foram feitas durante uma prova. O mesmo adolescente que arremessou a pochete amassa a folha na frente do professor e tenta destruir as provas dos colegas. Um colega debocha falando “Aí, professor, acabou a prova!”.
O jovem chega a empurrar o professor exigindo que a porta ficasse aberta. A gravação foi editada e mostra outro rapaz quebrando o quadro. Durante todo o tempo os colegas brincam e estimulam os atos.
Segundo o município, o professor relatou que sofria agressões verbais de cunho racista. A secretaria começou a avaliar as medidas a serem tomadas. Os alunos envolvidos foram imediatamente suspensos após o episódio. Além de informar que outras medidas socioeducativas estão sendo analisadas e podem ser tomadas.
“Olha o absurdo que aconteceu na Escola CIEP Mestre Marçal em Rio das Ostras. Ocorreu no dia 19/08” pic.twitter.com/Hq0ncTlTC1
— Inhoaiba Urgente (@InhoaibaU) September 20, 2018
Pedido de Desculpas
Um dos estudantes que aparece nas imagens fez um vídeo pedindo desculpas pelas ações Ele pede desculpas e diz que “ninguém é perfeito”. “Todo mundo já teve um momento de criança, fazendo o ‘bagulho’ no embalo. Queria pedir desculpa pelo acontecido, por ter ‘tacado’ o objeto, não no professor, mas no quadro, e quase pegou nele, por ter ficado brincando com a prova dele”.
Após o acontecimento o professor pediu afastamento. O docente afirma que não é um caso isolado e que outros professores passam por situações semelhantes a dele. “Eram constantes as agressões, mas a gente sempre acha que vai resolver com diálogo”. O docente leciona há dez anos.
Fonte: G1
