Assembleia foi realizada no Rio de Janeiro

Horas depois de um grupo de acionistas da empresa de telefonia Oi se reunir e decidir por processo contra o presidente e diretor da operadora, a Oi emitiu nota afirmando que não reconhece a assembleia e ainda falou em ato ilegal.

A assembleia foi realizada na manhã desta quarta-feira (7), no Rio de Janeiro. O grupo aprovou ações civis contra o presidente da empresa, Eurico Teles, e o diretor financeiro, Carlos Brandão.

Horas depois do encontro, a empresa emitiu nota afirmando que a assembleia foi ilegal porque não cumpriu princípios “básicos da legislação brasileiro”.

Confira a nota na íntegra:

A Oi informa que não reconhece a legalidade e consequentemente os efeitos de reunião realizada hoje por um grupo de acionistas no Rio de Janeiro, uma vez que tal encontro com o intuito de realizar assembleia constitui flagrante desrespeito aos mais básicos princípios da legislação brasileira e de decisões judiciais sobre a matéria, como ressaltou no referido encontro o acionista BNDESpar. A pretensa assembleia é ilegal e desobedece sucessivas decisões judiciais que deliberaram sobre o tema, além de desrespeitar o plano de recuperação judicial aprovado por ampla maioria pelos credores da companhia e homologado pela Justiça.

As diversas iniciativas desse grupo tomadas de forma ilegal têm prejudicado os negócios da companhia, gerado instabilidade na gestão e afetado suas ações no mercado, com danos irreparáveis. A companhia tomará a devidas providências em esferas administrativas e judicias, inclusive com contratação de advogado criminalista. Existem fatos a apurar de possíveis práticas de acionistas e ex-administradores sobre desobediência de decisão judicial, quebra de dever fiduciário, não cumprimento de obrigação de confidencialidade e manipulação de mercado, entre outros.

Acionistas da Oi querem processo contra presidente; empresa fala em ilegalidade

A Oi informa que seguiu todos os ritos previstos no processo de recuperação judicial e que todos os atos praticados pela companhia no processo estão em conformidade com os mais altos padrões de governança. O plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado por ampla maioria na assembleia de credores e homologado pela Justiça (aprovação de 100% na classe Trabalhista; 100% na classe Garantia Real; 72,17% na classe Quirografários; e 99,8% na classe Microempresas). A companhia segue com suas operações normalmente e ao mesmo tempo segue focada em dar andamento a todos os atos previstos no plano aprovado, que está respaldado e seguro em decisões judiciais.