Sentença foi de menos de quatro meses de prisão; ele entrou com recurso

Acusado de desferir socos em sua ex-esposa, puxar seus cabelos, arrastá-la pela escada de casa e fazê-la comer terra, o vereador Guilherme D’Avila Prócida (PSDB), do município de Mongaguá, em São Paulo, foi condenado a três meses e 18 dias de prisão.

A sentença foi divulgada nesta semana. Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal), “não resta dúvida” de que a ex-esposa do vereador foi vítima de agressões corporais, conforme sentença expedida pela juíza Tania da Silva Amorim Fiúza.

A ex-esposa do vereador, uma professora de educação física de 33 anos, disse também que sofreu com chutes nas coxas, costelas e socos no rosto. “Sua cabeça foi batida na parede por diversas vezes, sendo que ao sair correndo da residência veio a desmaiar, o que foi confirmado pela testemunha”.

O crime ocorreu em 2011, após uma discussão do ex-casal, quando a mulher suspeitou que o vereador estivesse traindo ela. Ela ameaçou tornar públicas supostas orgias em casas de swing cometidas por Guilherme, que respondeu com violência.Vereador de SP é condenado a prisão por espancar ex e obrigar a comer terra

Após espancar a ex-esposa, o vereador a obrigou a comer a raiz de uma planta coberta de terra. “Era para aprender a não falar demais”, contou a advogada de acusação, Cristina Yoshiko Saito, ao Portal UOL.

A professora de educação física deixou Mongaguá com medo de novas agressões. A defesa da vítima considerou a sentença, de menos de quatro meses, muito leve, o que gerou “indignação”.

O vereador Guilherme Prócida entrou com recurso contra a pena, de primeira instância. Até lá, ele aguarda o julgamento do pedido em liberdade. Pelo Facebook, ele agradeceu pelo apoio de amigos e afirmou que as acusações são “fatos inverídicos”.