Estão presos desde setembro

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá decidir no próximo dia 13 de dezembro se mantém as prisões do empresário , dono da J&F, e de Ricardo Saud, executivo do grupo.

Joesley e Saud, além de outros executivos da J&F, fecharam acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) no âmbito da

Mas, em setembro, eles foram presos por suposta omissão de informações nos depoimentos.

A PGR suspeita que eles omitiram a informação de que o ex-procurador da República Marcello Miller os teria orientado, enquanto ainda integrava o Ministério Público, nas negociações com o órgão para fechar o acordo de delação.

Diante disso, as delações de Joesley e de Saud foram suspensas pela PGR.

Joesley e Saud já recorreram contra a prisão, mas Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, decidiu submeter a palavra final ao plenário da Corte – onde deverão votar os 11 ministros.

O que os executivos dizem

No pedido para deixar a prisão preventiva – decretada antes de uma condenação judicial –, Joesley diz que Miller não o orientou e que não houve má-fé ao não revelar as conversas que teve com Miller.

A defesa diz ainda que, quando o executivo contratou o ex-procurador, não foi informado por ele de qualquer impedimento.STF decide em 13 de dezembro se mantém prisões de Joesley Batista e Ricardo Saud

Saud também nega má-fé e acrescenta que a descoberta da ajuda de Miller se deu pela entrega voluntária da gravação de uma conversa que teve com Joesley para complementar as provas prometidas na delação.

Ele também diz que Miller foi contratado como advogado e não havia dúvida quanto à sua idoneidade.

No processo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, opinou contra a liberdade, alegando risco de que Joesley e Saud voltem a cometer crimes e de prejuízo às investigações.