Pular para o conteúdo
Brasil

Servidores e PM entram em confronto durante reabertura da Alerj

Policiais usaram bombas de efeito moral
Arquivo -
Compartilhar

Policiais usaram bombas de efeito moral

No início da tarde desta quarta-feira (01), servidores estaduais do Rio entraram em confronto com a Polícia Militar, em frente a (Assembleia Legislativa do ). Segundo informações, a confusão começou quando representantes de sindicatos tentaram puxar a grade de proteção no Palácio Tiradentes, os policiais então teriam atirado bombas de efeito moral para afastar os manifestantes que reagiram atirando pedras na direção dos oficiais.

Segundo o G1, os manifestantes pedem, entre outras pautas, a regularização dos pagamentos. O trânsito na Rua Primeiro de Março foi bloqueado por volta das 13h e os manifestantes se espalharam pela rua.

Desde cedo, servidores da Cedae (companhia de saneamento), universidades estaduais e bombeiros começaram a se concentrar nas imediações da Alerj. O protesto com cartazes e faixas era tranquilo.

No momento da confusão a Igreja de São José permanecia fechada. Alguns servidores usavam como escudo cartazes onde se lia a palavra “paz”.

Ferido

Um homem, que se identificou como servidor da Cedae, foi ferido na perna durante a confusão. Adalberto Saraiva Coelho, 57 anos, disse que foi atingido por um tiro de bala de borracha na perna. Sangrava muito e, depois do apelo de pessoas que viram o homem ferido, foi encaminhado por PMs para ser socorrido pelos bombeiros.

Prevendo novos protestos, a assessoria da Casa informou que o efetivo que fará a segurança do entorno da Alerj será a mesma que a do fim do ano passado. Serão 500 homens da Polícia Militar e Força Nacional que vão se revezar para guardar o perímetro do palácio.

Privatização da Cedae


Os servidores da Cedae pedem que a empresa não seja usada como “moeda de troca” pelo poder estadual no acordo fechado com o poder federal para receber ajuda financeira.

De acordo com os trabalhadores, a empresa registrou lucro de R$ 300 milhões no último ano. Eles pediram que a área de saneamento receba mais investimentos.

O deputado Carlos Osório (PSDB) foi interpelado por manifestantes quando entrava na Alerj. “O governo do estado está cometendo do mesmo erro ao preparar o pacote sem dialogar com a população. O governador negociou sozinho em e não temos informação do que foi negociado”, contou Osório, destacando que é impossível fechar um acordo dessa proporção sem conversar com os parlamentares do RJ e com setores da sociedade.

Logo no início da sessão, deputados do PSOL exibiam cartazes de protesto contra as medidas de ajuste fiscal.

“A Cedae é uma empresa pública que leva saúde. A Cedae cobra 3,09 por mil litros de água. A empresa de saneamento não é gasto, e investimento sempre foi jogado para segundo plano”, afirmou Roberto Rodrigues, do sindicato que representa os trabalhadores da Cedae.

“Não se pode vender a Cedae como se vende um saco de batatas”, disse o engenheiro sanitarista Flávio Guedes, que pede audiências públicas com prefeitos e câmaras de vereadores para consultá-los sobre a questão.

Com 42 anos de empresa e já tendo ocupado o cargo de diretor na empresa, ele afirmou que a venda é contra a lei. “O saneamento é uma concessão baseada na Constituição de 88. Quando eles pegam a Cedae e querem vendê-la estão a burlando”, disse Flávio Guedes.

Abertura do ano legislativo
Nesta quarta-feira, às 13h, a Alerj reabriu os trabalhos sem, no entanto, votar nenhuma proposta. É um dia para os parlamentares tomarem “fôlego” para o que há por vir nas próximas semanas. Em jogo, está a proposta do governo federal que promete desafogar o estado em troca de contrapartidas. O presidente da casa, Jorge Picciani, foi reeleito para continuar no cargo pela sexta vez. Ele concorreu em chapa única.

Neste início de 2017, o governo precisa, por exemplo, aprovar medidas de ajuste fiscal e passar na Alerj a privatização da Cedae.

Desde o agravamento da crise, em 2015, o estado já anunciou uma série de medidas que não passaram pela Casa, como a extinção de seis fundações estaduais e mais a Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro). A aprovação representaria uma economia de R$ 88 milhões, mas o projeto foi barrado.

Servidores universidades 

Os trabalhadores da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) também participam doprotesto. “Recebemos duas parcelas do mês de dezembro. O 13° e o mês de janeiro ninguém fala. A gente se vira, arranja empréstimo, mas tem gente que não tem mais como se virar”, afirmou Silvana Freitas, servidora da Uenf desde 2002, ressaltando que nunca viu a universidade em uma situação tão grave.

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados