Pedido de processo era do PT

A assessoria do presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), informou que o parlamentar decidiu nesta terça-feira (24) arquivar a representação do PT que pedia a cassação de (PSDB-MG).

Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, o PT havia pedido ao conselho que abrisse um processo contra Aécio.

Mas, segundo a assessoria de João Alberto, o presidente do Conselho de Ética consultou a Advocacia Geral do Senado, que recomendou o arquivamento do pedido do PT.

A assessoria do presidente acrescentou, ainda, que cabe recurso da decisão ao plenário do conselho.

A reportagem procurou a assessoria de Aécio e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.

Entenda a polêmica sobre Aécio

Eleito presidente do PSDB em maio de 2013, com o objetivo de disputar a Presidência da República em 2014, Aécio foi um dos principais políticos atingidos pelas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS.Presidente do Conselho de Ética arquiva representação que pedia cassação de Aécio

Diante da crise, ele se licenciou da presidência do PSDB, em maio, e indicou para a função o também senador Tasso Jereissati, no Ceará.

No dia em que anunciou a licença, Aécio havia sido afastado do mandato parlamentar pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin – em junho, Marco Aurélio derrubou o afastamento.

Ainda em junho, Aécio foi denunciado pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de obstrução de Justiça e corrupção passiva.

A PGR também pediu o afastamento do tucano e, no último dia 26 de setembro, a Primeira Turma do STF determinou o novo afastamento – decisão posteriormente derrubada pelo Senado.

Diante de toda essa polêmica, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, passou a defender publicamente a renúncia de Aécio, argumentando que o senador “não tem condições” de retomar a presidência do partido.

‘Ardilosa armação'

Ao retomar o mandato, na semana passada, Aécio fez um breve discurso no plenário do Senado no qual se disse “vítima de uma ardilosa armação”. Ele também declarou que provará ser inocente.