Esquema desviou R$ 12,5 milhões
A Polícia Federal deflagrou mais uma fase da Operação Lava-Jato na manhã desta quinta-feira (1). A Operação “Ratatouille” tem como objetivo apurar um esquema de pagamento de propinas em merendas para escolas e alimentação para presídios, no Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, o esquema envolvia o governo do Estado do Rio de Janeiro e as empresas fornecedoras de alimentação Mazan e Milano, pertencentes a um mesmo grupo familiar.
As empresas forneciam alimento a escolas, presídios, hospitais públicos e até ao Comitê Olímpico Brasileiro, durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Nos últimos dez anos, as duas lucraram R$ 700 milhões em contratos com o governo.
De acordo com a Polícia Federal, desses, R$ 12,5 milhões teriam sido desviados ao a autoridades públicas como propina, em troca do favorecimento em contratos.
Os policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão nos bairros da Barra da Tijuca, no centro da cidade, em Ipanema e no Leblon, na capital do Estado, além das cidades de Mangaratiba e Duque de Caxias.
A PF explica que o nome da Operação, Ratatouille, faz referênca a um prato típico da culinária francesa, que se inspirou em um jantar em Paris, no qual estavam presentes autoridades públicas e empresários que possuiuam negócios com o Estado.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
