Ex-deputado chamou empresário de “perigoso marginal”
Após o empresário Joesley Batista, dono da JBS, ter dado uma entrevista à revista Época em que relatou ter visitado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por apenas duas vezes, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) escreveu uma carta direto da prisão para contradizer Joesley.
Segundo Cunha, Joesley e Lula teriam se reunido junto ao deputado na residência do empresário para discutir o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O encontro teria acontecido em 2016.
“Ele [Joesley] fala que só encontrou o ex-preisdente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013. Mentira!”, começa a pequena carta de Cunha. De acordo com o ex-deputado, o encontro havia sido acordado pelo próprio Joesley.
“Ele apenas se esqueceu que promoveu um encontro que durou horas, no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência […] entre eu, ele e Lula, a pedido de Lula, a fim de discutir o processo de impeachment […] onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham”.
O ex-deputado ainda afirmou que pode comprovar a existência da tal reunião com os seguranças da presidência da Câmara e registros do carro alugado em São Paulo.
“Lamento ter exposto a minha família à convivência com esse perigoso marginal, na minha casa e na dele”, diz Cunha sobre ter mantido as relações de proximidade com Joesley Batista.
(com supervisão de Evelin Cáceres)
