Há mortos dentro do presídio

O oitvao dia de confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, continuou com o interior do prédio sob o controle dos detentos, apesar de não terem havido novos confrontos como os que foram vistos nesta quinta-feira (19) e transmitidos ao vivo pela televisão em todo o país. 

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do estado, pelo menos 20 presos já foram retirados de Alcaçuz desde quinta. A maioria foi resgatada na madrugada de sexta-feira (20), segundo a pasta. 

Foi solicitado que o hospital para onde todos foram transferidos seja mantido em sigilo para evitar tentativas de resgate. O estado de saúde do internos também não foi divulgado.

Outros três homens foram retirados nesta sexta por meio de macas içadas pelo Corpo de Bombeiros. O trabalho foi feito com a ajuda de cordas para ultrapassar os altos muros da unidade, já que as forças policiais estaduais têm acesso livre somente à parte de fora.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Caio César Marques Bezerra, declarou à imprensa na noite desta sexta que a guarda do presídio “está no perímetro externo e nas guaritas”. 

“O choque e o Bope entraram ontem para definir uma área de não confrontação e estamos mantendo esses limites”, informou. “Temos as guaritas para fazer a proteção e o patrulhamento externo”.​

Mortos sem resgate

O secretário também confirmou que existem detentos mortos dentro do presídio que ainda não foram retirados. “Não foi possível ainda entrarmos com as equipes de perícia e Polícia Civil, estamos preparando essas operações para o fim de semana”, disse

“Isso precisa da investigação de campo, dos exames de campo para confirmar se há novas vítimas fatias – e sabemos que há – e também os feridos que hoje se encontram”, afirmou o secretário.

Muro dividirá facções

Como medida emergencial para evitar novos massacres em Alcaçuz, o governo estadual deve começa neste sábado (21) a construir um muro entre os pavilhões para dividir as facções do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime do RN. A informação foi dada pelo secretário Caio César.

De acordo com a assessoria de comunicação da pasta, inicialmente serão instalados contêineres enquanto o muro – que deverá ser de concreto – é levantado. Ainda não foi divulgada a previsão de término da construção da estrutura. “É imprescindível que haja um obstáculo resistente o suficiente para manter as facções separadas”, defendeu o secretário.