Caso aconteceu em Ponta Nova, Minas Gerais

A mineira Gilmaria Silva Patrocínio foi condenada a 34 anos de prisão pelo homicídio de Patrícia Xavier da Silva, grávida de nove meses. Gilmaria teria ainda roubado o bebê da vítima, e se passado pela mãe da criança.

O crime aconteceu em Ponta Nova, Minas Gerais, em junho de 2015. Patrícia ia de casa até uma consulta médica em um hospital, quando foi surpreendida por Gilmara. Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio três dias depois, com a barriga cortada, amordaçada, com pés e mãos amarrados e sem o bebê.

Em casa, Gilmara apareceu com o bebê e contou ao marido que a criança era dela. Ela passou vários meses enganando o companheiro dizendo que estava grávida. O recém-nascido tinha sete meses de idade.

A mulher chegou a registrar a criança como seu filho em um cartório de Ponta Nova. Ela assumiu a autoria do crime em julho, cinco dias após o crime, após seu encontrada na posse do bebê junto do marido.

O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais condenou Gilmara por homicídio, por colocar em perigo a vida e a saúde do bebê, por ocultação de cadáver, por subtração de incapaz e por dar parto alheio como próprio.Mulher que matou grávida e roubou bebê é condenada a 34 anos de prisão

Ao estabelecer a pena, a juíza Dayse Mara Silveira Baltazar, responsável pelo caso, afirmou que a culpabilidade da ré era “extremamente exacerbada” e que ela “não esboçou qualquer sentimento durante todo o processo nem mesmo arrependimento”.

O bebê agora vive com os avós, e já possui dois anos de idade. A decisão foi comemorada pelo advogado da família de Patrícia, José de Lourdes Fernandes. “Não cabe nem recurso da nossa parte, e creio que um eventual recurso da defesa da ré não teria êxito”.

(com supervisão de Evelin Cáceres)