Mostra Queermuseu não incentiva a pedofilia, destacou procurador
O MPF-RS (Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul) recomendou que o Santander Cultural efetue a imediata reabertura da exposição Queermuseu, que abrigava 274 obras de 85 artistas diferentes.
A mostra foi cancelada no último dia 10 de setembro, acusada de conter obras com conteúdo “pornográfico” e que “incentivava a pedofilia”. Grupos de direita, como o MBL (Movimento Brasil Livre) fizeram campanha pelo boicote à exposição, levando o Santander a suspender a mostra.
A recomendação do MPF foi emitida nesta quinta-feira (28). O órgão deu 24h para que o Santander informe se irá cumprir a solicitação ou não. Segundo o órgão, não há apologia à pedofilia nas obras, conforme dito por promotores da Justiça que visitaram a exposição.
A recomendação partiu do procurador da República Fabiano de Moraes, procurador regional dos Direitos do Cidadão. Segundo ele, o fechamento de uma exposição causa um efeito negativo à toda a liberdade de expressão artística do país.
Fabiano estabeleceu que o Santander deve realizar nova exposição com temática semelhante a do Queermuseu, voltada para a diferença e diversidade, e que permaneça aberta à visita por três vezes o tempo que a exposição polêmica permaneceu fechada.