Irmã de executado diz que vítima pediu para PM não atirar: ‘Covardia’

PMs foram presos e autuados por homicídio

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PMs foram presos e autuados por homicídio

A irmã de um dos homens executados por dois policiais militares em Acari, na Zona Norte do Rio, esteve no Instituto Médico-Legal (IML) na manhã desta sexta-feira (31). Segundo Alessandra Albuquerque, Alexandre dos Santos Albuquerque não estava armado. Ela disse que o aconteceu foi uma “covardia” e que o outro homem que estava com seu irmão, identificado como Junior, pediu para o PM não atirar pois ele ainda estava vivo.

“O que fizeram com meu irmão foi uma covardia. Não havia necessidade daquilo. Ele já estava ferido na perna. Ele estava junto com o pessoal correndo quando começou o tiroteio. Ele estava desesperado como todo mundo na hora do tiroteio”, disse.

Segundo Alessandra, seu irmão Alexandre tinha 38 anos e deixa cinco filhos. Ela disse ainda que, como não mora na comunidade, não sabe se o irmão tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

PMs foram presos e autuados por homicídio qualificado

Os policiais militares que aparecem em um vídeo executando os dois homens foram presos em flagrante durante a madrugada desta sexta enquanto prestavam depoimento na Divisão de Homicídios da capital. Os PMs foram autuados por homicídio qualificado. A informação é do porta-voz da Polícia Militar, Ivan Blaz. Às 10h50, os PMs já estavam presos no Batalhão Especial Prisional (BEP).

Nas imagens, os PMs atiram em dois homens caídos no chão, feridos e desarmados, perto de uma escola em Fazenda Botafogo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os homens estão se mexendo quando os policiais atiram contra eles com fuzis. A corregedoria da PM disse na noite de quinta-feira (30) que estava apurando a gravação.
Ainda segundo a Polícia Militar, os dois homens estavam armados e trocaram tiros com a PM antes de serem mortos.

 

 

 

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