Parentes estão preocupados

família da ginecologista Mariana Fischer, de 33 anos, tenta contato com ela desde quinta-feira (7), sem sucesso. De férias, Mariana viajou para a ilha de Saint Martin com o marido, Rafael Forno, e a filha de 3 anos do casal, Giovana, quando o Irma atingiu o local. Mariana reside em Novo Hamburgo, na região do Vale do Sinos, Rio Grande do Sul.

A ilha foi atingida na quarta-feira (6) pelo furacão, que deixou boa parte da região destruída. Por enquanto, o Ministério de Relações Exteriores diz que não há um plano para resgatar os brasileiros em Saint Martin ou em outras ilhas.

Mariana está entre os 35 brasileiros que estão na ilha franco-holandesa de Saint Martin, segundo o Ministério de Relações Exteriores. Ainda há 20 nas ilhas de Turks e Caicos, e dois em Tortola, ambas de colonização britânica, todas na região do Caribe.

Por meio de nota, enviada pela assessoria de imprensa, a pasta confirmou que “está trabalhando em regime de plantão, juntamente com o Núcleo de Assistência a Brasileiros do Ministério, em Brasília”.

Ainda segundo a nota, o governo brasileiro está em contato com os países de origem das chamadas “ilhas pequenas” para garantir assistência aos brasileiros.

A família de Mariana, em contato com o telefone de emergência do Itamaraty, recebeu a notícia de que haveria uma previsão, ainda não confirmada, de resgate dos brasileiros, na próxima terça-feira. Informação não confirmada pela assessoria de imprensa do ministério.

Enquanto isso, a família segue apreensiva em busca de notícias. Mariana está grávida de quatro meses. Chegou a St Martin em 1º de setembro, junto com Rafael e a filha, para 10 dias de férias. O último contato deixou os parentes preocupados.

“Ela mandou mensagem de áudio chorando, dizendo que foi horrível e que eles estavam em uma situação crítica, assustadora. Comendo biscoito e tomando água enquanto houvesse estoque. Depois desse áudio, não tivemos mais notícias deles”, revela Fernanda Fischer, prima de Mariana, em entrevista ao G1.

Ela, juntamente com seis primos, a mãe de Mariana, as duas tias e até a avó, de 85 anos, estão mobilizados desde então para buscar informações sobre a situação da família.

“Todas as notícias que a gente tem vêm através de sites e notícias”, afirma Fernanda. As últimas informações que receberam dão conta de que os americanos presos na ilha estão sendo resgatados pelo governo norte-americano desde sábado (9). “E os brasileiros continuam lá. A gente fala com o Itamaraty, mas eles não agem”, critica.