Havia mantido a vítima em cárcere

Um ex-músico de banda de forró cearense foi preso acusado de sequestrar, extorquir e manter uma turista de São Paulo em cárcere privado durante três dias. O nome da banda onde Jarbas Rafael dos Santos Monteiro atuava não foi divulgado.

Segundo a vítima, o homem, de 31 anos, teria a estuprado mais de 8 vezes durante os dias em que a manteve em seu apartamento, no bairro Mondubim, em Fortaleza. O possível sequestro aconteceu no último dia 10 de janeiro.

De acordo com a mulher, Jarbas a teria sequestrado na Avenida Abolição, no Bairro Meireles, e a manteve em seu apartamento, com a ajuda de um comparsa, até que conseguisse sacar mil reais da conta bancária dela.
A vítima foi solta depois da liberação do valor e seguiu para Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), no Bairro Aldeota, a fim de denunciar o ocorrido. Em depoimento, ela disse que foi raptada na rua e decorou o endereço do apartamento em que foi mantida presa no momento em que o rapaz pedia pizza por telefone e teve de informar os dados.

O criminoso confessou à equipe policial que, de fato, havia mantido a vítima em cárcere privado e que exigiu a quantia para que ela fosse solta. Jarbas alega que vítima seria uma garota de programa que ele havia conhecido em um site de acompanhante. Segundo o homem, a mulher teria ido até sua casa para prestar esse serviço. Ao chegar ao local, ela foi rendida. A vítima não admite que seja garota de programa. 

A delegada titular da Deprotur, Adriana Arruda, afirma que não é a primeira vez que Jarbas comete esse tipo de crime. Ele já teria usado o mesmo golpe com outras garotas que conhecia em sites de acompanhante.
“Nós pedimos que quem já tenha sido vítima desse rapaz, independente de ser acompanhante ou não, que venha até a delegacia para prestar depoimento, fazer o reconhecimento, uma vez que esse rapaz vem fazendo isso há um certo tempo, com a certeza de que não iria ser pego”, insistiu a delegada.

Com o preso, foi apreendido um aparelho celular com os dados de uma mulher, que a investigação aponta como sendo outra possível vítima. Jarbas já responde processos por ameaça, dano e Lei Maria da Penha.