Grupo criado para acompanhar crise carcerária no país
O Grupo Especial de Monitoramento e Fiscalização do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) fará esta semana uma visita ao Acre para verificar a situação do sistema carcerário do estado. Segundo o CNJ, o objetivo é produzir um relatório que será entregue à presidente da entidade e do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, com sugestões de medidas para melhorar as unidades prisionais do estado e o sistema de justiça criminal local.
Para o grupo, o julgamento dos presos que ainda não foram julgados é prioritário e poderá ser sistematizado em 
Os trabalhos do CNJ começam nesta segunda-feira (29), com reuniões com autoridades locais. Na pauta estão questões como as iniciativas de ressocialização de presos no estado e os projetos a serem realizados na área carcerária com recursos do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional). Em dezembro, o governo federal liberou R$ 1,2 bilhão do Funpen para investimentos na construção de presídios e modernizações do sistema penal, sendo R$ 47 milhões para o Acre.
Na terça-feira (30), o grupo do CNJ fará inspeções nas unidades prisionais de Rio Branco. Entre as prisões que serão visitadas estão a Unidade Penitenciária Doutor Francisco de Oliveira Conde, a Unidade de Recolhimento Provisório de Rio Branco e a Unidade de Regime Fechado Feminino de Rio Branco.
O grupo foi criado em março deste ano para acompanhar os desdobramentos da crise carcerária no país. Esta é a terceira visita de trabalho a estados do Norte. O grupo já esteve no Amazonas, onde visitou as prisões de Manaus, e em Roraima, para inspecionar a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Nas prisões das duas capitais, mais de 100 detentos foram assassinados desde o final do ano passado.
Segundo dados do Infopen (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias) de 2014, a população carcerária do Acre é de 4.244 detentos, sendo 26,84% de presos provisórios. O total de vagas naquele ano era de 2.508.
