Grupo publicou imagens e transcrição das conversas

O grupo ativista publicou nesta terça-feira (14) documentos sobre o caso que envolveu o roubo de informações pessoais da primeira-dama, Marcela Temer, pelo hacker Silvonei José de Jesus Souza.

No último fim de semana, diversas publicações revelaram que Silvonei teve acesso ameaçou jogar o nome do presidente Michel Temer “na lama”. Pouco depois as matérias foram retiradas do ar a pedida da Justiça, já que o processo que condenou o hacker corre sob sigilo.

“Folha de S. Paulo e Globo foram censurados pelo Estado ao divulgarem troca de mensagens da primeira dama, Marcela Temer, com o suposto ‘hacker' pelo WhatsApp. Não tem problema, nós divulgamos. A informação é pública”, diz o Anonymous, que publicou imagens e a transcrição das conversas.

 

Segundo a descrição feita pelo grupo, a conversa inicia com Silvonei dando um “bom dia” para Marcela Temer, e perguntando se ela tinha ligado. Desde ponto, a conversa prossegue com a primeira-dama pedindo para que a deixe em paz. Confira a transcrição na íntegra.

O hacker então cita sobre o aúdio que ele teve acesso, e passa a ameaçar Marcela Temer. “Por isso dou do MAL ??? Não… tenho uma lista de repórteres que oferecer 100 mil cada pelo material que somente comentei por texto o que tem no video. Se eu fosse do MAL teria passado para o inimigo do seu marido… mas a quanto tempo venho tentando contato com vocês ???”, diz Silvonei.

“Você acha que isso prejudica alguém ??? Então vou&e quer dinheiro por causa desse áudio !? Você faz uma interpretação de um áudio e acha que tem algo errado ai ?? Será que sou eu mesmo falando?Você me conhece? Minha voz?”, responde Marcela Temer. “Não devo nada para ninguém ok ! Qual seu problema ? Bandido aqui é você !!! Sou do bem , e você invadiu meu iPhone !! E aí !? Como você fica !? Quer negociar o que comigo ?? Isso é montagem…E ai vai fazer o que ?Quer me encontrar ?”, completa a primeira-dama.

Silvonei envia sua última mensagem perguntando o porque Marcela teria ligado e finaliza: “Caso tenha mudado de ideia a hora é agora amanhã não vai ser possível voltar atrás!!!!”.

De acordo com a Justiça, Silvonei teria descoberto o número pessoal de Marcela Temer ao comprar um CD pirata qe armazenava dados de diversas pessoas públicas e anônimas. O hacker então, clonou o WhatsApp da primeira-dama, e se passando por ela, pediu R$ 150 mil ao irmão de Marcelo, para uma suposta pintura. Depois disso, Silvonei iniciou a chantagem contra a primeira-dama, exigindo R$ 300mil para não vazar fotos íntimas e mensagens pessoas.

Silvonei foi preso e condenado a cinco anos de reclusão.