Sessão também pode ser interrompida e retomada amanhã

 

A sessão do Senado que vota a admissibilidade do impeachment pode entrar pela madrugada, com expectativa de término por volta das 5h desta quinta-feira (12). O cronograma vai de encontro a projeção inicial do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que esperava concluir a votação até as 22h, como anunciou na tarde de ontem (10).

Votação de impeachment no Senado deve passar das 5h desta quintana manhã desta quarta, a sessão teve início apenas às 10h12 e já contava com 68 senadores inscritos, que terão até 15 minutos para discusar e defender o voto – diferentemente da Câmara, onde cada parlamentar só teve cerca de 10 segundos, em média, para anunciar a posição. No Senado, Calheiros também determinou dois intervalos de uma hora, para refeições. Porém, o primeiro levou quase duas horas.

Andamento

O fato da votação entrar pela madrugada não implica que os senadores fiquem todo o tempo no local, já que é comum que eles registrem presença e saiam do plenário, e até mesmo do prédio, retornando próximo ao horário previsto de votação. O painel do Senado registrava, nesta tarde, cerca de 70 presenças – quase o total de senadores – mas o número de parlamentares efetivamente presentes era visivelmente menor.

O andamento, entretanto, indica que o teto de 22h deve ser ultrapassado, visto que até o primeiro intervalo, por volta de 12h30, somente cinco senadores haviam votado nominalmente. Vale lembrar, ainda, que o regimento do Senado permite que qualquer senador solicite a interrupção da sessão e retomada no dia seguinte – o pedido, entretanto, precisa ser votado entre os presentes.

Como o registro dos votos é feito por painel eletrônico, caso os senadores inscritos desistam de falar em tribuna, há possibilidade de que a votação termine antes da madrugada.

Votos

Caso a maioria simples dos votos seja obtida, um total de 40 votos (e não 41, já que o suplente de Delcídio do Amaral, Pedro Chaves (PSC-MS), afirmou que só assumirá o posto na próxima semana), a presidente Dilma Rousseff será afastada por até 180 dias do cargo de presidente, tempo máximo que levará o processo, tocado pelo Senado.

A projeção é que pelo menos 44 senadores mantenham voto pelo impeachment, dentre eles Simone Tebet (PMDB-MS), que já votou favorável ao impeachment, e Waldemir Moka (PMDB-MS). Caso o placar se confirme, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume interinamente o governo até o fim do julgamento no Senado.

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