Comissão do impeachment e saída do PMDB estão na pauta
Em meio à turbulência política em que o Brasil se encontra, esta promete ser uma das semanas decisivas ao governo Federal. Na Câmara dos Deputados ocorre discussões em relação à analise do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
O presidente da comissão responsável por analisar, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), e o relator dos trabalhos, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), devem se reunir com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, para conversar sobre o trabalho que vem sendo feito.
Das 10 sessões que Dilma tem para se defender quatro já correram. Se ocorreram as cinco sessões previstas para esta semana, a décima e última sessão para apresentação da defesa deverá ser no dia 4 de abril. Além disso, na tarde desta quinta-feira (29) o PMDB define se realmente vai deixar a base aliada.
Este caso inclui a entrega de cargos e Ministérios, bem como a ameaça de debandada de partidos, como o PP, PR e PSD, que juntos têm 121 deputados federais. Em Mato Grosso do Sul a sinalização já foi de saída, decisão apoiada por praticamente toda a cúpula.
Se a opção for migrar da base à independência haverá prazo para a entrega das funções ocupadas pela legenda no governo Federal. A presidente até estaria mapeando a redistribuição dos cargos entre aliados que permanecerem. Ainda faz parte da pauta em Brasília a votação dos 16 vetos presidenciais e reuniões do Conselho de Ética, que analisa cassação do senador Delcídio do Amaral (sem partido), por quebra de decoro parlamentar.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-AL), convocou reunião para esta segunda-feira (28) ás 16h com todos os líderes de bancadas para que sejam formadas as comissões técnicas.
A elaboração está atrasada porque o peemedebista preferiu aguardar decisão do STF sobre os embargos em relação ao rito de tramitação do processo de impeachment e o fim da janela partidária. Até o fim da última semana, a Justiça Eleitoral tinha comunicado à Câmara que mais de 80 deputados haviam trocado de legenda. (Com informações da Agência Brasil).
