Empresário é alvo da Operação Arquivo X, nova fase da Lava Jato

O empresário é um dos principais alvos da Operação Arquivo X, desdobramento da Lava Jato, que prendeu o ex-ministro Guido Mantega na manhã desta quinta-feira (22). Uma das 49 ordens judiciais cumpridas pela PF é um mandado de busca e apreensão na sede de uma de suas empresas, a OSX. As informações são do jornal O Globo.

Além do conglomerado de Eike, também são alvos as empresas Kriadon, Conceito, JCIS e RT. Os investigadores apuram se houve simulação de prestação de serviços, para pagamentos de propina no esquema da Petrobras.

As empresas estariam em nome de Júlio César de Oliveira Silva, suposto operador de pagamentos ilícitos em nome de Eike e da construtora Mendes Júnior. A polícia investiga o papel da OSX em um suposto consórcio com a empresa de construção.

As investigações que levaram à prisão de Mantega se basearam em depoimento de Eike. O empresário relatou à força-tarefa da Lava Jato que teria feito um depósito de US$ 2,3 milhões no exterior, para as contas do ex-marqueteiro do PT, João Santana, e sua esposa Mônica Moura.

Mônica, por sua vez, declarou em seu depoimento que Mantega foi intermediário de caixa dois para campanhas eleitorais do PT, durante a eleição e reeleição de Dilma (2010 e 2014), a reeleição de Lula (2006), a as candidaturas municipais de Fernando Haddad (2012), Marta Suplicy (2008) e Gleisi Hoffmann (2008).

O MPF (Ministério Público Federal) afirma que “para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada aos publicitários”. A operação leva o nome de Arquivo X em referência à letra ‘X' utilizada nos nomes das empresas do conglomerado de Eike.

(Sob supervisão de Ludyney Moura)