Inicialmente, a empreiteira negociava um acordo para 53 executivos
Mais 30 funcionários da Odebrecht devem assinar acordo de delação premiado com a Justiça no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga desvios bilionários da Petrobras. As tratativas estão sendo realizadas junto ao Ministério Público Federal (MPF), conforme informações do jornal Folha de São Paulo.
De acordo com reportagem publicada neste sábado (15), os novos nomes passaram a fazer parte das negociações há cerca de duas semanas, quando foi fechado o escopo do que a empresa irá relatar.
Inicialmente, a empreiteira negociava um acordo para 53 executivos, entre eles o ex-presidente e herdeiro do grupo baiano, Marcelo Odebrecht, preso há um ano e quatro meses em Curitiba. Se incluir outros funcionários, a empresa pode ter mais de 80 delatores na investigação.
No decorrer das conversas, eles trouxeram informações que incluíram outros funcionários do grupo. Os procuradores sugeriram, então, que esses citados relatassem os fatos dos quais participaram.
Se forem contemplados no acordo, parte deles entrará na categoria de lenientes, ou seja, sem sanções penais ou multas. A questão deve ser decidida na próxima semana, a partir da análise dos relatos, segundo apurado pela reportagem. Até o momento, os procuradores já oficializaram acordo com mais de 40 funcionários da companhia.
Delação
A delação da Odebrech é uma das mais aguardadas pela força-tarefa da Lava Jato. Nas conversas preliminares, políticos de vários partidos foram mencionados, entre eles, o presidente Michel Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma Roussef (PT). Todos negam irregularidades.
Também há executivos da empreiteira que ainda não conseguiram acordo, pois os procuradores acreditam que estão escondendo parte das informações. Entre os acordos rejeitados estão o do vice-presidente de relações institucionais, Claudio Melo Filho, e o ex-diretor Alexandrino Alencar. (Com informações Jornal Folha de S.Paulo).