Ex-diretor disse que pediu a presidente para permanecer na Petrobrás

Em seu depoimento à Justiça Federal do Paraná, publicado na última sexta-feira (2), o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, , disse que solicitou ao presidente (PMDB) para que fosse mantido no cargo, em 2007, quando o chefe do Executivo era presidente do partido.

Por intermédio do empresário José Carlos Bumlai, condenado a 9 anos de prisão pela Lava-Jato, a quem Cerveró se referiu como Dr. Bumlai, o ex-diretor da Internacional da Petrobras disse que se reuniu com Temer em São Paulo, quando o pemedebista ainda era deputado federal, para solicitar sua não substituição no cargo.

Como chefe do PMDB, Temer teria dito que não podia intervir no caso. A bancada do PMDB no Senado havia pedido a substituição de Cerveró. Caso quisesse permanecer no cargo, o ex-diretor deveria pagar uma “mesada” de 700 mil dólares ao grupo político. 

o juiz Sérgio Moro indeferiu um pedido do advogado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha para questioná-lo a respeito do conhecimento de Temer sobre esse pedido de mesada por parte do PMDB. O objetivo de Moro era que a delação não citasse detentores de foro privilegiado, como é o caso do presidente.

Cerveró ainda afirmou que “arrecadou” R$ 6 milhões para os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho, do PMDB, para permanecer como diretor da área Internacional da estatal. A partir daí a pressão para sua saída de cena passou a ser exercida pelo PMDB da Câmara dos Deputados.

(sob supervisão de Evelin Araujo)