Presidente sinalizou que, se necessário, irá taxar classe mais rica

O presidente disse neste sábado (15) que em seu governo “não há nenhuma perseguição aos mais pobres”. O discurso é em defesa à sua proposta de ajuste fiscal para equilibrar contas públicas que tem sido alvo de críticas, por supostamente pesar sobre os menos favorecidos.

Temer busca aprovar no Congresso Nacional um teto de vinte anos para as despesas federais que potencialmente pode reduzir recursos para área de educação e saúde. Neste sábado, durante agenda que cumpre na Índia, o presidente foi questionado sobre elevar impostos da parcela mais rica da população, como por exemplo, taxando dividendos distribuídos para sócios de empresas.

De acordo com informações da agência BBC Brasil, Temer deixou no ar a possibilidade de adotar a medida. “O primeiro ponto que nós cogitamos foi, precisamente, a contenção do gasto público. E essas críticas (sobre o ajuste fiscal recair sobre os mais pobres), penso eu, não tem procedência, porque na verdade nós vamos caminhar muito ainda, não sabemos o que vamos fazer no futuro”, disse.

“Evidentemente, se houver a necessidade de taxar os mais ricos, e até faço um parênteses, não há nenhuma perseguição aos mais pobres”, continuou.

Para reforçar sua argumentação, Temer lembrou que após assumir a Presidência do país concedeu aumento para o benefício do Bolsa Família. Também destacou que seu governo está dando continuidade ao programa petista Minha Casa Minha Vida, embora tenha mudado regras para uso do FGTS no programa.

As declarações foram dadas durante breve coletiva de imprensa em Goa, na Índia, onde Temer participa neste fim de semana da oitava cúpula dos BRICS (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).