Procuradores esperam aumentar fiscalização durante as eleições
Qualquer cidadão com um dispositivo móvel pode fazer denúncias, tirar dúvidas sobre procedimentos e solicitar informações processuais com o novo aplicativo “SAC MPF”, lançado ontem (11) na Procuradoria-Geral da República, pelo MPF (Ministério Público Federal). O aplicativo já está disponível para download para smartphones com sistema iOS e Android.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, explicou que a inovação tecnológica busca trazer informações aos cidadãos de maneira mais ágil e acessível, e que isso se torna um objetivo do MPF. “Ao passo em que facilitamos a chegada de informações ao MPF, também deveremos estar preparados para dar respostas a esse fluxo de informações que deverá vir de forma contínua e direta”, disse Janot.
Raquel Silvestre e Lívia Tinoco, procuradoras da República, tiveram autorização do procurador-geral para tocar a ideia depois de idelizarem o projeto. As duas ressaltam que o aplicativo tem o objetivo de intensificar a fiscalização e promover a inclusão. “Para uma democracia, não basta haver uma Constituição, é preciso que as pessoas tenham voz e participem, e hoje o cidadão pode ser parceiro do Ministério Público”, afirmou Silvestre.
Tinoco diz que existem uma série de irregularidades que podem ser denunciadas facilmente através do aplicativo: obras públicas inacabadas, ilícitos ambientais, compra de votos, etc. Ela também lembra de uma pesquisa recente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostrou que pela primeira vez brasileiros estão acessando a internet mais pelos dispositivos móveis do que pelos computadores.
O aplicativo “SAC MPF” está disponível para download gratuito nas lojas da Apple Store e Google Play Store. Além de poder enviar as denúncias por texto, o usuário também pode anexar provas de até 12 MB, como fotos, vídeos e documentos. O Ministério Público Eleitoral espera que o projeto dê bons resultados em 2016, ano de eleições, e que muitas irregularidades sejam denunciadas. As informações são da assessoria do MPF.