Operação Métis foi deflagrada na semana passada

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (27) suspender a Operação Métis, deflagrada pela no Senado na última semana.

A decisão partiu de uma reclamação apresentada pelo policial legislativo Antônio Tavares, preso durante a Operação, que apontou que a PF teria agido de maneira ilegal ao investigar senadores sem o aval do STF.

Durante a Operação Métis, quatro policiais do Senado, incluindo o diretor da Polícia Legislativa, Pedro Carvalho, foram presos sob suspeita de obstruirem investigações da Polícia Federal.

A Operação tinha o objetivo de apurar, por meio de buscas e apreensões, um suposto esquema operado pela Policia do Senado para atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato.

Segundo afirmou o servidor da policia legislativa Paulo Igor Bosco Siva, em delação premiada oferecida ao STF, varreduras eram feitas pela Polícia do Senado nas casas dos senadores, para protegê-los de investigações.

Aparelhos para detecção de grampos em poder da Polícia Legislativa teriam sido utilizados na casa de senadores e ex-senadores, como José Sarney (PTC), Fernando Collor (PMDB), Lobão Filho (PMDB) e Gleisi Hoffman (PT).

O Senado declarou, desde o início do curso das investigações, que a Polícia Legislativa atua dentro dos limites da Constituição Federal e de acordo com as normas legais da Casa. O curso da Operação agora se dara no rito do STF, na 10ª Vara Federal do DF.

(Sob supervisão de Evelin Araujo)