Mais de 70 árvores caíram
A cidade de Campinas (SP) foi atingida na madrugada do último sábado (4) para domingo (5) por um fenômeno conhecido como ‘microexplosão’. Ventos fortes, vários raios e mais de 70 quedas de árvores deixaram diversas casas destelhadas, além de ventos de mais de 88 km/h. Mais tarde, ventos chegaram a atingir mais de 100 km/h, de acordo com a Defesa Civil da cidade paulista.
Segundo meteorologistas ouvidos pelo portal G1 de Campinas, a microexplosão é uma nuvem, carregada com ar, água e granizo, acompanhada de ventos que podem chegar a 120 km/h. No caso do que ocorreu na cidade do interior paulista, o fenômeno atingiu a superfície e deixou cinco pessoas com ferimentos leves.
O que é uma microexplosão
A meteorologista Ana Ávila, do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp, afirma em entrevista ao portal local que “ventos intensos [radiais] quebram árvores e derrubam o que estiver ali no entorno no raio de atuação”. A microexplosão teve um raio de ação de três pontos da cidade, tendo se deslocado por vários bairros campineiros.
De acordo com o meteorologista Leandro Puchalski, que trabalha para a rede sulista RBS, uma microexplosão ocorre quando uma forte rajada de vento sai da base de uma nuvem, durante uma trovoada, e vai em direção ao solo. Isto provoca um forte estouro, que deixa uma linha reta de destruição, geralmente com árvores tombadas para o mesmo lado, segundo afirma Puchalski ao jornal Diário Catarinense.
Também ao periódico de Santa Catarina, o meteorologista da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) Ciram Clóves Correa diz que a diferença da microexplosão para o tornado é a ‘assinatura que deixam no solo’. O tornado costuma deixar os locais mais desordenados, por ser giratório, no mesmo sentido de um redemoinho. Apesar disto, não é possível afirmar que um dos dois tenha mais impacto do que o outro.
