Paulo César Morato era investigado por desvios para campanhas

O empresário Paulo César de Barros Morato, que foi encontrado morto em um motel de Olinda na quarta-feira (23) e estava foragido na Operação Turbulência, entrou sozinho no local e consumiu apenas água, de acordo com reportagem do portal G1 Pernambuco.

Ele era investigado por suspeitas de ter desviado R$ 600 milhões para abastecer campanhas políticas em Pernambuco, entre elas a do ex-governador e candidato à Presidência morto em acidente de avião, (PSB-PE).

De acordo com a Agência Estado, ele pode ter sido vítima de infarto. O empresário foi encontrado deitado e de braços abertos, sem camisa e sem sapatos, segundo fontes que trabalham no motel. O controle estava na cama ao lado dele e havia uma toalha sobre seu peito, informam funcionários.

As pontas dos dedos do empresário já estavam quase roxas e seu corpo quase enrijecido, quando os trabalhadores entraram no local para averiguar a demora e falta de comunicação dele.

A polícia afirma que não havia resquício de sangue ou arma de fogo. As suspeitas de infarto devem ser investigadas por um exame. Em entrevista ao G1 Pernambuco, o advogado do estabelecimento, Higínio Luís Marinsalta, afirma que apenas as pessoas que trabalham no motel estavam lá quando o corpo foi encontrado.

“O estava bem munido de câmeras, e a gente está fornecendo as imagens para a polícia. Já vimos as imagens e ele (Morato) entra sozinho de carro e, daí pra frente, não mostram a entrada de pessoas estranhas, só os funcionários”, afirma.