O caso aconteceu na cidade São José dos Campos em São Paulo
Uma estudante de Direito foi assassinada na noite de sábado (22), em uma festa universitária em São José dos Campos, em São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o autor do crime era policial militar e se matou logo em seguida.
Mariana Angélica, de 22 anos, participava de churrasco de pré-formatura acompanhada pelo policial Wellington Landim, de 24 anos, quando, segundo testemunhas, iniciaram uma discussão. O policial que estava de folga, sacou sua arma e efetuou dois disparos contra a estudante, e em seguida se matou. Várias pessoas se chocaram com a cena.
‘Não parecia real’
De acordo com testemunhas, a ação foi muito rápida, e todos pensaram que era uma brincadeira entre o casal. A jornalista Jéssica Magalhães, de 24 anos, presenciou a cena do crime, disse que parecia uma brincadeira de mau gosto. “Não parecia real, não teve grito, nem nada. Todos ficaram congelados, foi um momento de muito choque e só depois que a ficha caiu”, contou. Segundo ela, após a ação do policial, houve correria no local e os estudantes tentavam se acalmar até a chegada de equipes policiais e de socorro.
Outra estudante que prefere não se identificar, presenciou de perto. “Tudo aconteceu do meu lado, vi a menina caindo no chão e depois ele atirando nele mesmo. Até falamos que era uma brincadeira sem graça, mas aí percebemos que não era, e bateu o desespero. Ninguém sabia se eles ainda estavam juntos ou não”, relatou.
Arma no evento
O advogado Jamil José Saab da empresa Atlas Imagem & Cia, uma das organizadoras da festa, disse que os seguranças pediram para que o policial não entrasse com a arma no local. O homem, porém, se recusou a deixar o revólver no carro, alegando que por ser policial, poderia permanecer armado no evento.
Ameaças e medidas da Justiça
Colegas de Mariana Angélica contam que os dois foram namorados por 3 anos, mas eles terminaram no início do ano, devido a uma traição do policial. Ela chegou a procurar a polícia relatando que estava sendo ameaçada.
Wellington teria mandado um áudio para uma amiga do casal dizendo que ‘daria uns tiros nela’ e afirmando ‘tô na neurose com essa menina’. Em abril, a Justiça expediu medida protetiva de urgência determinando que o militar não poderia manter contato com Mariana e nem ficar a uma distância menor de 300 metros da vítima e de parentes.
O corpo da estudante foi enterrado na tarde desta domingo (23), no Cemitério Parque das Flores, na zona sul de São José dos Campos.
O caso foi registrado como homicídio, suicídio consumado e lesão corporal. Foi realizada perícia no local e exames necroscópicos e toxicológico no policial envolvido. A pistola utilizada na ação foi apreendida. A Polícia Civil ainda está investigando as causas do crime.