Colegas fizeram ato de solidariedade; família vai à Justiça
Uma professora de uma escola pública em Aracaju (SE) foi encontrada morta em sua residência, no último domingo (3), e deixou uma carta de suicídio, onde desabafava sobre as condições de trabalho que enfrentava, inclusive com atraso de salário que se arrastava por três meses.
De acordo com o Jornal de Sergipe, Jucélia Almeida tinha 45 anos e lecionava história no Colégio Estadual Governador Augusto Franco, em um bairro da capital sergipana. Ela enfrentava um quadro grave de depressão e havia apresentado atestados médicos, mas seu pedido de licença foi recusado.
O periódico aracajuense afirma que, depois de ter seu quadro agravado, ela conseguiu licença de 60 dias para tratar sua saúde, aoós interferência da Seplag (Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão), que emitiu o pedido. No entanto, Jucélia ficou sem receber durante esse período.
O Sintese (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe) deve disponibilizar sua assessoria jurídica para auxiliar a família da historiadora, em ação contra o Estado de Sergipe e os envolvidos diretos na perseguição, humilhação e corte do salário de Jucélia.
Na última quarta-feira (6), profissionais da educação realizaram um ato em solidariedade aos familiares e amigos da professora. Ela deixa uma filha de 21 anos. O Jornal de Sergipe afirma que os professores não estão podendo ter acesso à Secretaria sergipana de educação.