Às vésperas de votação, ex-aliados decidem apoiar cassação de Cunha

Deputado perdeu apoio do PRB, PSD e governo Temer

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Deputado perdeu apoio do PRB, PSD e governo Temer

A votação no Plenário da Câmara sobre a cassação do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ocorrerá nesta segunda-feira (12) e a maioria dos deputados já declarou voto favorável à perda do mandato do peemedebista, incluindo antigos aliados.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Michel Temer (PMDB) descarta qualquer possibilidade de ajudar Cunha, devido à pressão popular contra o deputado. Um posicionamento favorável ao colega de partido poderia fortalecer os protestos nas ruas.

O periódico paulista afirma que Temer deve “assumir os riscos” por se afastar de Cunha, já que é esperada uma delação premiada, caso o deputado seja cassado e se torne réu na Operação Lava Jato. Os depoimentos de Cunha poderiam comprometer toda a cúpula do PMDB e aliados do governo.

Nos bastidores, comenta-se que setores do governo seriam favoráveis ao abrandamento da pena do ex-presidente da Câmara. A defesa e aliados de Cunha tentam um projeto de resolução que permita emendas, possibilitando uma pena branda ao peemedebista – como suspensão temporária ou perda do mandato sem perder direitos políticos.

O portal online da revista Exame afirma que, neste fim de semana, PSD e PRB decidiram votar a favor da cassação. Os dois partidos sempre estiveram alinhados a Cunha. A publicação diz que, segundo parlamentares das duas legendas, não devem haver orientações às bancadas sobre o voto.

A maioria dos parlamentares do PRB – 22 ao todo – teriam sinalizado votar pela cassação. O partido estaria receoso de apoiar Cunha, para que uma posição favorável ao deputado não afete as candidaturas de Celso Russomano e Marcelo Crivela, candidatos a prefeito em São Paulo e Rio, respectivamente.

Segundo a Exame, o PR, apesar de não oficializar uma posição, também estaria em processo de abandono do ex-aliado. Sem apoio de legendas, apenas de poucos parlamentares, Cunha tem cada vez mais dificuldades para pôr em prática a estratégia de pena mais branda.

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