Após ter perna amputada, pedreiro improvisa prótese com cano PVC para trabalhar
Radialista percebeu o rapaz trabalhando em uma residência no Paraná
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Radialista percebeu o rapaz trabalhando em uma residência no Paraná
Qualquer mudança na rotina já causa desconforto e até mesmo medo, e esses sentimentos são sentidos com mais intensidade quando essa alteração é por causa de um acidente. A cena de um pedreiro trabalhando numa residência no Distrito de Sumaré, no Paraná, passou despercebida por muitas pessoas, mas após o o registro fotográfico de um radialista, o homem foi finalmente notado.
A imagem divulgada por Pedro Machado nesta quinta-feira (7), mostra Fernando Ramos Leonel, de 34 anos, trabalhando com uma “prótese” improvisada com cano plástico, um cotovelo de PVC e fita adevisa.
Em março deste ano, um acidente mudou a vida do pedreiro. Ele conduzia uma motocicleta quando colidiu com um caminhão, na BR-376. Entre idas e vindas, o motociclista ficou mais de quatro meses internado em hospitais de Paranavaí e na cidade de Londrina.
Durante esse período, Leonel teve que amputar parte da perna direita (do joelho para baixo). Ele explicou que a decisão médica surgiu depois que contraiu uma bactéria. “Se não fizesse a amputação correria sério risco de morrer”.
Casado e com uma filha de nove anos para sustentar, o pedreiro se viu obrigado a achar alternativa para não deixar a família em situação financeira difícil.
Sem dinheiro para comprar a prótese, que custa cerca de R$ 10 mil, o Leonel comprou um cano de 100 milímetros e um “cotovelo” da mesma medida. Usando fogo ele ligou as duas peças e com fita adesiva prendeu o artefato na perna. Embora a ideia do pedreiro tivesse resolvido parte dos problemas, o uso contínuo da prótese improvisada acaba resultando em dores ao fim do dia.
O pedreiro tem que tomar remédio para poder suportar a dor e dormir, mas continua positivo. “Deus deu o livramento de vida e arrancou só a perna. Era para eu estar morto. Por isso, tenho que seguir a vida”, disse Leonel.
Segundo ele, uma prótese adequada custa, aproximadamente, R$ 10 mil. Agora, o trabalhador busca ajuda para conseguir o equipamento necessário para continuar exercendo as atividades necessárias. “Estou esperando para ver se consigo fazer uma rifa para eu conseguir comprar uma prótese”, desabafa.
Leonel finaliza com um pedido. “Moro aqui nas populares do Sumaré e quem quiser ajudar pode entrar em contato no telefone de minha esposa (44) 99178-5806”.
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